Aluna Da Rede Estadual É Premiada Com Menção Honrosa No 2º Prêmio SBPC

Ao todo, foram recebidas indicações de 286 candidatas, oriundas de 18 estados e 70 municípios de todas as regiões do país. A sergipana foi destaque com o trabalho “Casa de farinha: da mandioca ao bioplástico”, sob orientação da professora Darcylaine Martins

A jovem Nallanda Victoria dos Santos Martins, aluna do Colégio Estadual Dr. Antônio Garcia Filho, em Umbaúba, município situado na região sul do estado, foi reconhecida com menção honrosa na segunda edição do Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher”, na categoria ensino médio, iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Ao todo, foram recebidas indicações de 286 candidatas, oriundas de 18 estados e 70 municípios de todas as regiões do país. A sergipana foi destaque com o trabalho “Casa de farinha: da mandioca ao bioplástico”, sob orientação da professora Darcylaine Martins.

Com o tema “Meninas na Ciência”, o evento premiou pesquisas de iniciação científica que demonstraram criatividade, boa aplicação do método científico e potencial de contribuição com a ciência no futuro. Para a aluna da rede estadual de Sergipe, Nallanda Victoria dos Santos, o reconhecimento é resultado de um trabalho que há muito tempo vem colhendo bons frutos em outros eventos científicos. O projeto buscou resgatar conceitos químicos presentes na produção da farinha de mandioca, tanto para exemplificar conteúdos de Química Orgânica e Ambiental, como para observar a comunidade onde os alunos vivem, tornando os conteúdos didáticos mais compreensíveis e motivadores.

“A partir do momento em que recebi a notícia fiquei muito feliz em saber que dentre 286 meninas eu tinha sido premiada com essa menção honrosa. Fiquei mais feliz ainda em saber que desde quando iniciamos essa pesquisa, ela só vem rendendo belos frutos em premiações, como Febrace e Cienart. E isso mostra a importância das pesquisas de iniciação científica e que as meninas podem sim estar à frente delas”, declarou Nallanda Victoria, enfatizando ainda a participação dos colegas e o apoio da professora Darcylaine Martins, que orientou a equipe. “Ela foi muito importante para esse processo. Sempre esteve nos auxiliando e incentivando a trabalhar com ciência”, completou a aluna do 3º ano do ensino médio.

Para a orientadora do trabalho, professora de Química Darcylaine Martins, o momento é de orgulho. “Fiquei muito contente com a premiação de Nallanda pela SBPC. O Garcia está muito orgulhoso da nossa aluna cientista. Nallanda é uma aluna muito dedicada em tudo que faz. Essa premiação coloca em destaque os projetos científicos desenvolvidos na educação pública de Sergipe. Temos excelentes projetos sendo executados em todo o estado. Que essa premiação sirva de incentivo para que mais jovens se interessem pelas pesquisas científicas”.

A professora Danielle Virginie, coordenadora do Serviço de Apoio ao Desenvolvimento Estudantil (Seads), setor vinculado ao Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), explica que o serviço tem feito um mapeamento das oportunidades e acompanhamento dos alunos e professores que participam de eventos de diversos segmentos. “Essas competições são fundamentais para o desenvolvimento escolar e orgulham a comunidade”, frisou ela, parabenizando a estudante Nallanda pela conquista. A gestora do Seads adiantou que a Seduc já prepara um projeto para impulsionar ainda mais a participação de alunos da rede estadual em competições estudantis.

O prêmio

A cerimônia de premiação, que este ano será virtual por conta da pandemia, será realizada no dia 11 de fevereiro, com transmissão pelo canal da SBPC no YouTube (www.youtube.com/canalsbpc), às 10h30. A data do evento foi escolhida em celebração ao Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Unesco.

Criado em 2019, o Prêmio “Carolina Bori Ciência & Mulher” é uma homenagem da SBPC às cientistas brasileiras destacadas e às futuras cientistas brasileiras de notório talento, que leva o nome de sua primeira presidente mulher, Carolina Martuscelli Bori.

A SBPC – que já teve três mulheres presidentes e da qual hoje a maioria da diretoria é feminina – criou essa premiação por acreditar que homenagear as cientistas brasileiras e incentivar as meninas a se interessarem por este universo é uma ação marcante de sua trajetória histórica, na qual tantas mulheres foram protagonistas do trabalho e de anos de lutas e sucesso da maior sociedade científica do Brasil e da América do Sul.

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