Assassinatos de indígenas no Brasil crescem 22% nos últimos dez anos

Atlas da Violência mostra que um indígena foi morto a cada dois dias entre 2009 e 2019. Presidente da SBPC ressalta a importância de defender os direitos dos povos tradicionais em entrevista ao Jornal da Tarde, da TV Cultura

A taxa de homicídios de indígenas cresceu cerca de 22% no Brasil em uma década, saltando de 15 mortes por 100 mil habitantes em 2009 para 18,3 em 2019 – enquanto a taxa de assassinatos da população como um todo caiu 20%, de 27,2 por 100 mil habitantes em 2009 para 21,7 em 2019. O dado inédito consta no Atlas da Violência 2021, informa o telejornal Jornal da Tarde, da TV Cultura, dessa quarta-feira (1).

Segundo a reportagem, a divulgação do recorte específico no Atlas da Violência acontece na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento sobre o marco temporal, que discute na ação o reconhecimento de uma área como território indígena, é necessária a comprovação de que os indígenas ocupavam a terra no momento da promulgação da Constituição de 1988.

A reportagem informa que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns (Comissão Arns) divulgaram uma nota em defesa dos direitos dos povos originários nessa semana. “A SBPC defende o direito dos indígenas por suas terras ocupadas. E é bom acrescentar que a pesquisa científica tem mostrado que a floresta Amazônica não é uma dádiva da natureza, mas que ela vem sendo manejada ao longo dos séculos pelas tribos que lá estavam”, comenta Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC.

Segundo a reportagem, a redução de direitos deixa outras populações vulneráveis e que o Atlas da Violência mostra que três de quatro vítimas de homicídios são negras.

Assista a reportagem completa: Jornal da Tarde/TV Cultura

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