Astronauta Marcos Pontes será ministro da Ciência do governo Bolsonaro

Primeiro astronauta do Brasil chegou a ser cotado a vice; Comunicação deve ser separada do ministério

io de Janeiro e São Paulo O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou no Twitter o astronauta Marcos Pontes como futuro ministro da Ciência e Tecnologia.

“Comunico que o Tenente-Coronel e Astronauta Marcos Pontes, engenheiro formado no ITA, será indicado para o Ministério da Ciência e Tecnologia. É o quarto Ministro confirmado!”, escreveu.

O anúncio se deu um dia após a primeira reunião de Bolsonaro com seu núcleo duro, no Rio, para discutir a formação de governo.

Pelo plano, a pasta deve ganhar nova formatação: as Comunicações, hoje atreladas à Ciência e à Tecnologia, devem compor uma pasta com Transportes e Infraestrutura.

Ficaria também sob os cuidados de Pontes a área de ensino superior, ensino superior, atrelada ao MEC (Ministério da Educação).

Desde a fusão do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) com o das Comunicações em 2016, boa parte da comunidade acadêmica pedia pela separação. A proposta ganhou força não só pela simbologia mas também por conta do corte de verbas federais para o financiamento de projetos, que desde 2013 caiu quase pela metade.

Primeiro astronauta brasileiro a ir para o espaço, em 2006, Pontes chegou a ser cotado a vice de Bolsonaro. Ele é o segundo militar escolhido para compor  novo ministério. O primeiro foi o general Augusto Heleno, para a Defesa.

Nesta quarta (31), durante palestra para jovens em Manaus, ele agradeceu a escolha. Pontes disse estar vivendo um “momento muito, muito especial” e pediu à plateia que comemorasse com ele.
Em seguida, o militar da reserva agradeceu Bolsonaro “pela confiança depositada”.

“Estou a serviço do país. A confiança é mútua, ninguém faz nada sozinho. Agora é juntar e unir os brasileiros em prol dessa bandeira. Vocês têm um parceiro que vai defender isso e que vai servir a comunidade. Líder não comanda, líder ajuda a servir.”

Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo