Entidades pedem que fundações de apoio possam ser gestoras de doações para Instituições de Ensino Superior

Carta enviada hoje aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos apresenta sugestão de emenda para o PLS 16/2015, incluindo as fundações de apoio às IFES no Projeto. Assinam o documento a SBPC, o Confies e outras 8 entidades. A SBPC destaca que outras sugestões de modificação no PLS poderão ser feitas durante a sua tramitação no Congresso Nacional

A SBPC, o Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) e outras 8 entidades encaminharam hoje aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) uma sugestão de emenda ao Projeto de Lei do Senado 16/2015, que dispõe sobre a criação e o funcionamento de fundos patrimoniais, para o financiamento de instituições públicas de ensino superior, administrando doações de pessoas físicas e jurídicas. O documento pede que as fundações de apoio possam também ser gestoras das doações.

“Trata-se de uma iniciativa de aperfeiçoar o referido projeto ao não privá-lo da participação do segmento de fundações de apoio às universidades, igualmente de direito privado, mas que gozam de experiência e capacidade de imprimir a agilidade e a eficiência desejada em atrair recursos para as instituições de ensino superior”, justificam as entidades no texto da proposta de emenda.

As instituições ressaltam também que “esta sugestão não exclui a possibilidade de que outras modificações sejam propostas, durante a tramitação do PLS 16/2015 no Congresso Nacional, no sentido de seu aperfeiçoamento”. A matéria está na pauta da 30ª Reunião da CAE, agendada para esta terça-feira, 22 de agosto.

A proposta da emenda foi elaborada pelo Confies, que vê na exclusão das fundações de apoio no PLS um perigo para a gestão das doações. Segundo Fernando Peregrino, presidente do Conselho, ao excluir de sua abrangência as fundações, o dispositivo da nova legislação discrimina essas entidades ao mesmo tempo em que promove todos os demais tipos de fundações e associações, quaisquer que sejam, sem vínculo com as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). “Ele cria novas entidades iguais às que já existem, desconhece o custo delas, faz coro com certas posições de entidades que ampliam a burocracia no meio acadêmico e desrespeitam a história e o trabalho árduo de quase uma centena de fundações de apoio que assistem a 150 IFES e institutos de pesquisa pelo Brasil, responsáveis pela gestão de milhares de projetos de pesquisa, extensão e inovação”, declarou o presidente do Confies.

Além da SBPC e do Confies, assinam a sugestão de emenda ao PLS 16/2015 a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Associação Brasileira dos institutos de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), a Associação Brasileira dos Reitores de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Empresas Inovadoras (Anpei), a Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), e o Fórum Nacional dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec).

O documento na íntegra pode ser lido aqui.

Jornal da Ciência