Ex-ministros da Ciência alertam contra estrangulamento de inovação do país

Mudanças propostas para o Finep incluem retirada da maior fonte de recusos do principal órgão de fomento do setor

Três ex-ministros de Ciência e Tecnologia afirmaram ao GLOBO que mudanças cogitadas pelo governo Bolsonaro para a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) teriam como efeito o esvaziamento do papel da entidade e o estrangulamento do setor de inovação no país. A Finep, que teve uma despesa executada média de R$ 1,8 bilhão nos últimos quatro anos, processou apenas R$ 270 milhões em 2019 até setembro.

O físico Sérgio Rezende, que vê “desconhecimento ou má intenção” por trás da proposta, se junta ao matemático Marco Antonio Raupp, para quem o governo quer “nivelar por baixo” sua política de inovação, e a Luiz Carlos Bresser-Pereira, para quem “este governo não quer mais saber de financiar as inovações brasileiras”.

Os três reagiram a sugestões contidas em uma apresentação de slide da Secretaria de Orçamento Federal, do Ministério da Economia, exibida em uma reunião interna. O documento foi vazado no mês passado pela Associação dos Empregados da Finep e revelado pelo site Direto da Ciência. A apresentação em questão lista um conjunto de medidas propostas para a administração do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).

Veja o texto na íntegra: O Globo