Governo faz sorteio com bolinhas e globos para escolher novos membros do Conama

Estrutura de loteria foi usada pela primeira vez para seleção do colegiado, que teve redução de cem para 23 integrantes

Um sorteio com bolinhas e roletas determinou nesta quarta-feira a nova composição do Conselho Nacional do Meio Ambiente ( Conama ). O colegiado, que tinha cerca de cem membros, agora terá apenas 23. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) defende a redução como mecanismo para se agilizar os debates do órgão.

O Conama é responsável, por exemplo, por estabelecer critérios para o licenciamento de atividades poluidoras; determinar a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo poder público; e estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente. A redução do colegiado foi instituída em um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro em maio e recebeu críticas, inclusive de sete ex-ministros do Meio Ambiente , dos governos Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer.

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Esta é a primeira vez que o governo federal faz um sorteio com este molde para preencher as vagas do Conama. Até agora, todos os estados e ministérios tinham representação no Conselho. As ONGs escolhiam seus representantes em eleição entre as organizações presentes no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas.

— É de administração muito difícil se conduzir temas técnicos como os tratados pelo Conama em um plenário tão grande. Ocasionava um absentísmo que trazia dificuldades — explicou a secretária-executiva do MMA, Ana Maria Pellini, que comandou o sorteio, realizado no auditório do Ibama com apoio da estrutura de loterias da Econômica Federal. —  Nós temos, por exemplo, que as reuniões plenárias de 2017 e 2018, foram contabilizadas 130 ausências em todos os setores, e isso dificultava no quórum. E isso fez com que a gente aprovasse poucas resoluções nos últimos cinco anos e se levasse anos para aprovar uma resolução.

Veja o texto na íntegra: O Globo