Uma mesa-redonda aberta ao público e o lançamento de um livro, ambos organizados pela SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), devem marcar o centenário de nascimento do geógrafo Aziz Ab’Sáber (1924-2012), cujo trabalho, ao longo do século 20, foi fundamental para a compreensão e preservação dos ecossistemas brasileiros.
Filho de um mascate (vendedor itinerante) libanês e nascido em São Luiz do Paraitinga (SP), no Vale do Paraíba, Ab’Sáber começou a cursar geografia e história na USP aos 17 anos de idade, enquanto também trabalhava como jardineiro na universidade. Fez seu doutorado na mesma universidade e para lá retornou como professor depois de dar aulas no ensino básico e na PUC-SP.
A especialidade do pesquisador paulista era a geografia física, dando especial atenção às interações entre o relevo, o clima e os ambientes naturais das diferentes regiões brasileiras. Com isso, tornou-se um dos responsáveis pela classificação de grandes biomas (mata atlântica, cerrado, amazônia etc.) adotada pelas gerações seguintes de professores e estudantes brasileiros.
Ao lado do zoólogo Paulo Vanzolini (1924-2013), seu colega de universidade, o geógrafo formulou a chamada teoria dos refúgios como ferramenta para tentar explicar a biodiversidade amazônica, em especial no que diz respeito às áreas de endemismos (com espécies de distribuição localizada, que só ocorrem em determinados trechos da mata).
Veja o texto na íntegra: Folha de S. Paulo
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