“Insubmissas, mulheres na ciência” volta à SBPC Cultural nesta quinta-feira, seguida de bate-papo com elenco

Núcleo Arte Ciência no Palco conversará sobre as três peças transmitidas pela SBPC neste semestre: Vicente e Antônio, Insubmissas e A Estátua Amazônica. A atração será transmitida a partir das 19h30, no canal da SBPC no YouTube

whatsapp-image-2020-12-02-at-15-42-56A 72ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) traz de volta à programação da SBPC Cultural a peça “Insubmissas, mulheres na ciência”. espetáculo será transmitido nesta quinta-feira, 3 de dezembro, às 19h30, pelo canal da SBPC no YouTube, e será seguido por um bate-papo ao vivo do autor, diretor e atores com os internautas.

O elenco do Núcleo Arte Ciência no Palco, da Cooperativa Paulista de Teatro, conversará sobre o processo criativo e as três peças apresentadas na programação da versão virtual e estendida da Reunião Anual da SBPC neste semestre: “Vicente e Antônio – uma história de Amizade”, “Insubmissas – Mulheres na ciência” e “A Estátua Amazônica”.

Criado em 1998, na cidade de São Paulo, o Núcleo Arte Ciência no Palco se especializou em desenvolver espetáculos teatrais sobre temas científicos. “Insubmissas, mulheres na ciência” partiu de um questionamento de atrizes do grupo sobre a falta de exemplos femininos na história das ciências. O espetáculo foi lançado em 2015, na capital paulista. De autoria de Oswaldo Mendes, com direção de Carlos Palma, a peça conta a história de quatro cientistas que enfrentaram preconceitos, intolerância e discriminações para conseguirem deixar seu legado à humanidade: Hipácia de Alexandria (370 e 415 d.C.), Marie Curie (1867-1934), Bertha Lutz (1894-1976) e Rosalind Franklin (1920-1958). As pesquisadoras que “se recusaram a viver e morrer em silêncio”, contam “sua difícil entrada e convivência no círculo machista da ciência”, segundo descrevem os produtores. Rosalind deu contribuição decisiva à pesquisa do DNA e foi ignorada pelo prêmio Nobel. Madame Curie foi premiada duas vezes, mas ainda assim foi vítima da violência moralista da sociedade francesa. Hipácia morreu apedrejada pelos cristãos. E a brasileira Bertha Lutz fez da luta pelos direitos da mulher seu objetivo de vida.

Inspirado na troca de cartas entre o sociólogo Florestan Fernandes e o crítico literário Antonio Candido, o espetáculo Vicente e Antonio: A história de uma amizade, também de autoria do dramaturgo Oswaldo Ramos Mendes Filho,  fala sobre a amizade improvável de dois dos maiores intelectuais brasileiros. A ideia da peça foi do jornalista Florestan Fernandes Júnior, que guardou toda a troca de correspondências do pai com Candido. Mendes topou o desafio e produziu a peça que, devido à pandemia do coronavírus, não pode estrear ao vivo. Sob a direção de Eduardo Tolentino (primo de Candido), Mendes Filho interpreta o Candido maduro. Caetano O’Maihlan Rodrigues de Oliveira e Silva faz o Candido jovem; Walter Breda de Souza interpreta Fernandes maduro e José Augusto N. Zacché, o Fernandes jovem. A encenação foi transmitida pela primeira vez no dia 22 de julho, simultaneamente pela SBPC, pelo portal UOL, pelo SESC e pela Casa do Saber, e reapresentada no primeiro ciclo da 72ª  Reunião Anual da SBPC, no dia 5 de setembro. A apresentação pode ser acessada neste link.

Escrita em 1851 pelo dramaturgo, caricaturista e homem das letras importante no Brasil do século XIX, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, a sátira “A Estátua Amazônica” foi atração da SBPC Cultural no ciclo de novembro da 72ª  Reunião Anual.  A peça ridiculariza o colonialismo francês, a ambição de uma intelectualidade europeia e do arrogante cientificismo positivista predominante. Seus personagens são caricaturas de aproveitadores em busca de afirmações calcadas em sociedades emergentes. Segudno o diretor, Carlos Palma, o Arte e Ciência no Palco se inspirou na versatilidade de Araújo Porto-Alegre, utilizando uma linguagem caricatural na expressão dos atores, alinhada ao discurso rebuscado dos oitocentos.Com animações gráficas que remetem aos quadrinhos e à lembrança dos cartuns, a história é contada por um elenco de experientes atores de comédia do teatro paulista: Adriana Dham, Décio Pinto, Fábio Mraz, Hélio Cicero, Heitor Goldflus, Oswaldo Mendes, Riba Carlovich, Roberto Ascar, Rose de Oliveira e Walter Breda. As animações são por conta de Adriana Carui e a edição da peça é de Zeca Rodrigues. Conforme descreve Palma, é uma apresentação que desperta o interesse de pessoas que querem pensar sem dispensar o bom humor. A peça está disponível no canal da SBPC no YouTube, neste link.

Atração imperdível deste último ciclo da 72ª Reunião Anual da SBPC, a peça “Insubmissas, mulheres na ciência” será transmitida às 19h30, no canal da SBPC no YouTube, neste link. Logo após a apresentação do espetáculo, o público poderá conversar com o elenco do Núcleo Arte e Ciência no Palco, em um bate-papo ao vivo que acontece a partir das 20h30,  no mesmo canal, neste link.

Jornal da Ciência