Só 23% têm ensino superior entre os 24 e 35 anos

Números foram divulgados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na 75ª Reunião Anual da SBPC. Para Renato Janine Ribeiro, presidente da SBPC, a reversão de números tão ruins no ensino passa por questões mais profundas

O Brasil tem apenas 23% da população entre 25 e 34 anos com ensino superior. Os números levantados pelo Ministério da Educação (MEC) são muito distantes daqueles apresentados pelos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — em relação a qual o Brasil mantém a condição de associado. Para especialistas, vários são os fatores que levam a índice tão precário — que vão desde o pouco comprometimento da sociedade com questões relacionadas à educação às desigualdades que o país não consegue superar.

O baixo percentual de pessoas com idade entre 25 e 34 anos que têm ensino superior foi mencionado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, na 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que se realizou esta semana, em Curitiba. Segundo ele, o MEC destinou, neste ano, R$ 2,3 bilhões para o reajuste de bolsas de pesquisa e permanência dos alunos nas universidades — o valor estava sem correção há 10 anos. Ao todo, foram 258 mil bolsas de iniciação científica, graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado.

“Nossas universidades sofreram, nos últimos anos, com cortes orçamentários, com desrespeito às escolhas democráticas dos reitores e reitoras”, lamentou Santana, acrescentando que os alunos que pertencem a minorias receberão mais atenção do governo federal.

“Temos uma meta no planejamento do Ministério (da Educação) para que nenhum quilombola ou indígena deixe de ter, a partir do próximo ano, uma bolsa de assistência estudantil nas universidades públicas deste país”, garantiu.

Veja o texto na íntegra: Correio Braziliense