Helena Nader se tornou sócia da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) muito jovem, quando ainda cursava graduação em ciências biológicas, na modalidade médica, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A primeira vez que assumiu um cargo na diretoria da entidade foi em junho de 2009, quando foi eleita primeira vice-presidente. Dois anos depois, em fevereiro de 2011, assumiu a presidência da SBPC em substituição ao matemático Marco Antonio Raupp que se afastou do cargo para ocupar a presidência da Agência Espacial Brasileira. Está em seu terceiro mandato como presidente da entidade (2011-2013), (2013-2015) e (2015-2017). É a terceira mulher a ser eleita para a presidência da SBPC; as anteriores foram Carolina Bori (1987-1989) e Glaci Zancan (1999-2003). Em julho deste ano, Helena Nader deve entregar o cargo para o novo presidente. Sua gestão ficou marcada por várias conquistas, como a votação do Marco Legal de C&T, mas também por reduções drásticas no orçamento para pesquisas e ciência e tecnologia. Considerando os contingenciamentos divulgados em março deste ano, restam apenas R$ 3,3 bilhões para investimentos em CT&I em 2017. Os recursos inicialmente destinados ao MCTIC, que já eram praticamente metade dos cerca de R$ 10 bilhões registrados em 2013, agora são os mais baixos na história da CT&I brasileira (cairam para metade do que eram dez anos atrás, em valores corrigidos). Nesta entrevista, Helena Nader faz um balanço de sua gestão e aponta os principais desafios para a ciência e para as universidades brasileiras. Fala também das conquistas que obteve. “Acho que conquistamos uma posição de referência. Trouxemos a ciência de volta para o debate”.
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