Sociedade Brasileira de Biofísica (SBBf)
“Os investimentos em CT&I vêm sofrendo com os sucessivos cortes de recursos, o que compromete sobremaneira a continuidade e estabilidade financeira tão importantes para o desenvolvimento científico e tecnológico de qualquer país que almeja crescimento sustentável. Clamamos aos gestores de CT&I e à área econômica do atual governo que se sensibilize com o fomento à CT&I, colocando-o fora dos cortes efetuados.”
Antonio Costa, presidente da SBBf
Sociedade Brasileira de Geologia (SBG)
“Não é tolerável que uma agência de fomento do prestígio do CNPq, com mais de 60 anos de existência e que tanto orgulha os cientistas brasileiros, seja colocada como secundária nos planos de um país que procura o desenvolvimento”.
Fábio Braz Machado, diretor da SBG
Associação Brasileira de Estatística (ABE)
“Todos os países que alcançaram altos níveis de desenvolvimento promoveram a redução da vulnerabilidade social, otimizaram a utilização de recursos públicos, melhoraram o nível dos serviços prestados e a qualidade dos produtos produzidos, bem como mantiveram prioridade e continuidade do orçamento das instituições responsáveis pelo desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação.
Neste contexto, os cortes orçamentários para a área de CT&I no Brasil comprometem seriamente o desenvolvimento de nossa sociedade. Precisamos reverter essa situação de imediato.”
Francisco Louzada, presidente da ABE
Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE)
“O avanço científico é a força motriz para o desenvolvimento de um país com oportunidades para todos. Os cortes no orçamento do MCTI não só enfraquecem o futuro da Ciência brasileira, mas também de toda a nossa sociedade.”
Diretoria da SBFTE
Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG)
“Sendo o Brasil detentor de vasta diversidade biológica e um dos maiores produtores de alimento do mundo, cabe-nos, como país, duas importantes funções no cenário mundial: conservar nossa biodiversidade e garantir a produção de alimentos de forma sustentável.
Ações de conservação e também de pesquisa voltada para o desenvolvimento de cultivares, raças e linhagens microbianas requerem investimentos constantes, pois demandam anos e em alguns casos décadas para a obtenção de um produto. Perder a oportunidade de desenvolver pesquisa nessa área é permitir que os competidores levem cada vez vantagem sobre os produtos que o nosso país pode produzir. Com isso, a segurança alimentar da população brasileira, notadamente a mais carente, é ameaçada.
Pesquisas para o desenvolvimento de cultivares mais resistentes a pragas e doenças possibilita uma produção agrícola menos dependente da aplicação de produtos fitossanitários, portanto ambientalmente mais seguros.
Antevendo a necessidade de desenvolvimento de produtos tolerantes ou resilientes aos efeitos das mudanças climáticas e também da potencial entrada de pragas exóticas em nosso território, ações de pesquisa já vêm sendo conduzidas para evitar que esses dois fatores possam causar sérios danos à nossa agricultura e economia. Sem investimentos, nossa suscetibilidade a esses fatores estará aumentada. As mudanças no clima também exercerão forte influência em nossa biodiversidade, alterando paisagens e a diversidade biológica.
Em resumo, não investir em pesquisa na área de recursos genéticos trará impactos negativos significativos nas áreas de conservação da biodiversidade, competitividade do setor agrícola (produção vegetal, animal e processos tecnológicos mediados por microrganismos) e à segurança alimentar da população, além de impedir que avancemos na nascente economia verde.”
Diretoria da SBRG
Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil)
“Em uma conjuntura geral de desmonte do conhecimento científico no País, a pesquisa e o ensino da história também estão ameaçados por graves cortes orçamentários que inviabilizam seu desenvolvimento, com consequências funestas para a memória nacional, a preservação das fontes documentais e também para nossa capacidade de analisar o presente em que vivemos. A falta de recursos públicos, fundamentais para o desenvolvimento científico em qualquer área, acarretará um retrocesso nos avanços obtidos na pesquisa histórica e na formação de novos historiadores. Corremos o risco, agravado pela não obrigatoriedade do ensino da história nos currículos escolares, de vermos as gerações futuras condenadas ao desconhecimento ultrajante de sua própria história.”
Diretoria da ANPUH-Brasil
Associação Brasileira de Linguística (Abralin)
“A Abralin repudia veementemente os frequentes e profundos cortes dos já parcos recursos destinados à Ciência neste país. Enquanto setores poucos produtivos à sociedade continuam enriquecendo com as generosas renúncias fiscais federais e estaduais, a Ciência (ao lado da Educação) agoniza. Que tipo de país construiremos se continuarmos a desprezar a Ciência, a Tecnologia, a Inovação e a Educação?”
Roberto Leiser Baronas, presidente da Abralin
Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine)
“Os cortes estão acontecendo e eles são inaceitáveis. Bolsistas em plena pesquisa não possuem segurança se terão suas bolsas pagas ou não. O atual governo, ao ameaçar o não pagamento de bolsas e começar uma redução do investimento em pesquisa, ataca as vidas dos pesquisadores brasileiros, mas não só, ele desrespeita o País.”
Cezar Migliorin, presidente da Socine
Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS)
“A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas entende como extremamente importante a manutenção de verbas para investimento na Ciência, Tecnologia e Educação, sendo estes investimentos de grande importância não só para o nosso desenvolvimento tecnológico, mas como também para o desenvolvimento humano do País.”
José Paulo Godoi Martins Netto, presidente da ABAS
Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec)
“Profundamente preocupados o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Brasil, assim como com a formação dos que as promovem, vimos por meio desta nota expressar nosso repúdio e pesar frente aos últimos cortes de verbas em áreas estratégicas, para um país que se pretende autônomo e democrático, com o qual sempre sonhamos.”
Sandra Escovedo Selles, presidente da Abrapec
Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro)
“Os cortes em C&T estão paralisando projetos, ocasionando atrasos na formação de alunos e até demissão de pesquisadores em algumas instituições. Caso persistam, veremos, em breve, o desmantelamento de grupos de pesquisa e até o fechamento de programas de pós-graduação. Reconstruir o que está sendo perdido será muito mais custoso ao País do que o ganho orçamentário de curto prazo proporcionado pelos cortes.”
Milton Vieira Junior, Abepro
Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB-Nacional)
“Os cortes de investimentos em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação não representam apenas o cerceamento ao desenvolvimento científico e tecnológico nacional e às perspectivas de superação das segregações socioespaciais que vivenciamos. Estes cortes representam a infirmação de criticidade em relação ao presente, o impedimento de construção de um novo futuro, tendo em vista que bens comuns e direitos sociais passam a ser mercantilizados.”
José Gilberto de Souza, presidente da AGB-Nacional
Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor)
“O corte orçamentário na Ciência, como temos apontado, corta a possibilidade de futuro do País. Não existem avanços sem um sistema de pesquisa estruturado, amplo e devotado não apenas ao desenvolvimento tecnológico, mas também ao desenvolvimento de pesquisas sociais que indiquem como estes processos poderão ser usados para melhorar a qualidade de vida do conjunto de nossa sociedade.”
Claudia Lago, presidente da SBPJor
Sociedade Botânica do Brasil (SBB)
“A Sociedade Botânica do Brasil repudia veementemente o desmonte dos sistemas de educação, ciência, tecnologia e cultura brasileiros, que coloca nossa soberania de joelhos. O contingenciamento dos recursos destinados ao CNPq, à Capes e às universidades afeta diretamente toda a estrutura de laboratórios, centros de pesquisa, de ensino, e dos programas de pós-graduação, construídos ao longo de várias gerações. Com esse projeto, o governo irá anular a identidade brasileira, culminando com a adoção integral de padrões científicos, tecnológicos e culturais importados, tornando-nos cativos. Neste cenário, retornaremos à condição de colônia e caminharemos na contramão da nossa história soberana.”
Renata Maria Strozi Alves Meira, presidente da SBB
Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP)
“Os cortes no orçamento da área de ciência e tecnologia no Brasil são a expressão perfeita da falta de um projeto nacional para o nosso País. Sem ciência, continuaremos caminhando sem rumo; sem ciência, não há país viável. O Brasil tem sido mestre em frustrar o seu próprio potencial. Ensaiamos voos altos, para logo depois voltarmos ao nível do chão. Enquanto isso, países que se encontravam muito atrás de nós, como os tigres asiáticos, caminham a passos largos para se tornarem potências tecnológicas no mundo do futuro.”
Renato Perssinotto, presidente da ABCP
Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP)
“A Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) lamenta que os investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação estejam sofrendo reveses que podem ter impactos significativos para a sociedade brasileira. Em ciência, os avanços são resultados de investimentos de longo prazo. Interrupções e diminuições de recursos financeiros e humanos comprometem anos, senão décadas, de pesquisas. Novos medicamentos, novas tecnologias, maior conhecimento da realidade social são pilares para o desenvolvimento econômico e social de um país.”
Ricardo Ojima, presidente da ABEP
Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC)
“Por muitos anos, sobretudo lá pelo final do século XX, vivemos as incertezas de planejarmos o engrandecimento do Brasil através do fomento para uma Ciência de qualidade. Os primeiros anos do século XXI pareciam apontar outro rumo, o do Progresso, pois passamos a formar muitos mestres e doutores, agentes com elevado potencial e garra para dar à sociedade brasileira todo o retorno investido, e, com isso, formar novos pesquisadores, novos criadores de projetos que agregam valor científico e tecnológico aos seus produtos. O mundo passou a nos olhar de forma diferente. Contudo, com as recentes e frequentes ameaças de cortes orçamentários para área de CT&I, voltamos a enfrentar o que parecia pertencer ao passado. Voltamos a lutar contra a falta de planejamento. Voltamos a não dar esperanças aos jovens. Voltaremos a ser pobres na ciência internacional. Os gastos (investimentos) de hoje serão nossa soberania amanhã. A Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento adverte as lideranças políticas de nosso país para defenderem os interesses nacionais na área de CT&I.”
Ricardo L. Nunes de Souza, presidente da SBNeC
Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais SBPMat
“Os cortes e contingenciamentos de recursos para ciência e tecnologia no Brasil estão inviabilizando a produção de conhecimento de que tanto depende a sociedade brasileira para sair da situação de atraso em que o País se encontra. Depois de décadas de avanço na ciência, tecnologia e inovação no Brasil, corre-se o risco de não só interromper esse avanço como o de retroceder em muitos anos. É crítica a situação do financiamento federal para a ciência no Brasil. Não foram feitos apenas cortes para compensar a queda de arrecadação; os cortes no MCTIC em 2017 correspondem a praticamente metade do orçamento previsto.”
Osvaldo Novais de Oliveira Junior, presidente da SBPMat
Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM)
“Os cortes orçamentários do CNPq prejudicam todas as pesquisas em saúde que, por consequência, atrasam a evolução do Brasil. Esta medida desvaloriza os profissionais e afeta a credibilidade do País para sediar congressos internacionais.”
Carlos Henrique Fernandes, presidente da SBCM
Sociedade Brasileira de Genética (SBGM)
“Os cortes orçamentários para Ciência, Tecnologia e Inovação reduzem a capacidade do Brasil de gerar conhecimento científico, produzindo forte impacto negativo na formação de jovens pesquisadores, e comprometendo o presente e o futuro do Brasil como nação livre”.
Marcia Margis, presidente da SBGM
Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom)
“Um país que desconsidera a educação, não cria perspectiva de futuro. Cortar o orçamento de Ciência e Tecnologia, sobretudo as bolsas em todos os níveis de pesquisa, é um retrocesso na história de qualquer país com intenção de ser reconhecido no cenário mundial. Os cortes na pesquisa em ciência e tecnologia, com a suspensão das bolsas de IC e de Pesquisa, são um retrocesso monstruoso, com consequências irremediáveis para o Brasil.”
Marialva Carlos Barbosa, presidente da Intercom
Associação Brasileira de Enfermagem
“A Associação Brasileira de Enfermagem, há 90 anos, dedica esforços para o aprimoramento do ensino e da pesquisa em saúde. Vem a público manifestar profunda preocupação com a iniciativa de cortes impostos ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações visto que o impacto desta medida trará danos irreparáveis à população brasileira e ao País, no cenário internacional”.
Rosa Godoy, presidente da ABEn
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (Antac)
“Como queremos ser uma país desenvolvido tratando os recursos para a pesquisa desta maneira? Como queremos melhorar a qualidade de vida da população tratando os recursos para a pesquisa desta maneira? Como queremos melhorar a qualidade da formação de nossos alunos tratando os recursos para a pesquisa desta maneira? Como queremos melhorar a competitividade de nossa indústria tratando os recursos para a pesquisa desta maneira? Recursos para a pesquisa não é diletantismo de pesquisador, é soberania nacional”.
José de Paula Barros Neto, presidente da Antac
Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal (SBFV)
“A Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal (SBFV) vem manifestar sua preocupação e contrariedade com o atual processo de desprestigio e inviabilização da ciência Brasileira, promovidos pelos recentes cortes orçamentários para a área de CT&I. Trata-se de uma absoluta falta de compreensão por parte do atual governo Brasileiro do papel crucial que a ciência desempenha para o desenvolvimento do País. Não se pode conceber o futuro de uma nação, em seus aspectos sociais, econômicos e ambientais, sem um investimento vigoroso em toda a cadeia de produção de conhecimento científico e tecnológico. Esperamos que o movimento articulado da ciência brasileira como um todo sensibilize o atual governo federal do risco que sua ‘estratégia’ de equilíbrio fiscal está impondo ao futuro do País.”
Mauro Guida Santos, presidente da SBFV
Sociedade Brasileira de Virologia (SBV)
“A Sociedade Brasileira de Virologia vê com muita preocupação esses cortes orçamentários no Sistema Nacional de C&T. Em 2017, após mais de 20 anos de apoio contínuo, o CNPq deixou de aprovar verbas para o Congresso Brasileiro de Virologia. Isto numa época em que nossa sociedade mostra sua importância na resposta à zika, à febre amarela e outras importantes patologias endêmicas de nosso País. Nosso futuro e independência dependem deste fomento e este desapego ao futuro da nação não pode ser o legado deste governo.”
Maurício Lacerda Nogueira, presidente da SBV
Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (SOCICOM)
“Os cortes orçamentários para a área de CT&I põem em risco não somente as conquistas e saberes acumulados, mas revelam a ausência de uma visão estratégica sobre o desenvolvimento nacional e o papel que a ciência tem nesse processo. O desmanche em curso não afeta apenas um setor- a CT&I – mas o projeto de uma nação soberana e menos dependente de saberes e conhecimentos estrangeiros.”
Ruy Sardinha Lopes, presidente da SOCICOM
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia (Anpepp)
“A Anpepp posiciona-se radicalmente contra a atual política econômica do governo que opera cortes orçamentários nas políticas públicas, em particular em Ciência e Tecnologia, medidas que impactam fortemente na Pós-Graduação, produzem descontinuidades no âmbito da pesquisa científica, bem como ameaçam a sustentabilidade das universidades públicas brasileiras.”
Magda Dimenstein, presidente da Anpepp
Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE)
“Um marco negro em nossa história, cuja responsabilidade pesará eternamente sobre os ombros dos atuais governantes. O mundo inteiro sabe que uma nação é grande devido à educação, à ciência e à tecnologia que possui, fato esquecido pela cegueira dos responsáveis pela condução de nosso país. Rogamos a esses governantes abrir seus olhos e fazer a reversão dos cortes que desmantelarão o nosso sistema de CT&I.”
Dalton V. Vassallo, presidente da FeSBE
Sociedade Brasileira de Catálise (SBCat)
“Na década de 80, após a Guerra das Malvinas, o governo percebeu a dependência tecnológica do País por catalisadores cuja falta em uma refinaria pode, literalmente, parar o Brasil de norte a sul. Os investimentos em pesquisa básica alçaram o Brasil a uma posição de destaque na área de catalisadores, tendo sido assumido o protagonismo no hemisfério sul. Os cortes brutais nos investimentos para pesquisa e, agora, nas bolsas de pesquisa, nos fazem regredir à década de 70 e colocando no papel de espectadores ao invés de protagonistas”.
Victor Teixeira da Silva, presidente da SBCat
Jornal da Ciência