O estrangulamento da rede federal de ensino superior e de institutos de pesquisa por meio de cortes no orçamento já defasado, para beneficiar o mercado financeiro privilegiado pela política de Michel Temer (PMDB) está levando o país a um franco retrocesso. E mesmo tecnologias que o país já domina há tempos, como vacinas, por exemplo, podem vir a ser sucateadas e a ponto de inviabilizar a produção. E o país voltará a ser totalmente dependente de tecnologia estrangeira, mais cara, e seguirá na contramão de países avançados que investiram no setor como saída para a crise.
É o que teme o novo presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira, que tomou posse na última quinta-feira (20). Físico, professor e pesquisador do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele participou dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff à frente do Departamento de Popularização e Difusão da C&T do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação de 2004 a 2013.
Segundo Ildeu, o orçamento deste este ano, defasado, que sofreu ainda contingenciamento de 44%, é de R$ 2,5 bilhões e corresponde a 25% do orçamento de 2010. E com a Emenda Constitucional 95/2016, que congela investimentos federais em saúde, educação, ciência e tecnologia, entre outras áreas estratégicas, o panorama é desanimador.
Leia na íntegra: Rede Brasil Atual