Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RJ discute situação da Faperj

A Audiência Pública foi realizada nesta quarta-feira, 23 de agosto, e contou com a participação de reitores, diretores de institutos, organizações científicas, professores, servidores e alunos

A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou nesta quarta-feira, 23 de agosto, a segunda sessão da audiência pública para discutir a situação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). A sessão foi presidida pelo deputado Comte Bittencourt e contou com a presença do diretor científico da Faperj, Jerson Lima Silva, e da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia. Também participaram reitores das universidades estaduais cariocas, diretores de institutos de pesquisa, representantes da SBPC e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), bem como entidades representantes dos servidores e dos alunos de pós-graduação.

Os participantes discutiram o cumprimento da norma que prevê a aplicação de 2% do orçamento do Estado mediante o repasse de duodécimos e a extensão da regra para as universidades estaduais. Também foi debatida a necessidade de intensificar a mobilização contra a degradação da capacidade instalada das instituições de pesquisa e o potencial de ensino e pesquisa no Rio de Janeiro e no Brasil.

Posicionamento da SBPC

Para o representante da SBPC, professor Adalberto Cardoso, a situação de restrição de recursos para a ciência e tecnologia no âmbito nacional e estadual representa uma indiferença moral dos governos em relação à desigualdade no século XXI.  Conforme ressaltou, a assimetria entre países e continentes tenderá a se acentuar à medida que as fronteiras estabelecidas pela quarta revolução tecnológica não forem ultrapassadas pelos investimentos em educação e pesquisa.

Cardoso, em nome da SBPC, também convocou a todos para participarem da 2ª Marcha pela Ciência no Brasil, que terá como tema “O que será o amanhã?”. A manifestação está agendada para o dia 2 de setembro, em frente ao Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A expectativa, no entanto, é que, a exemplo da Marcha realizada em abril, o evento tenha a adesão de todos os estados do Brasil.

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