Livro relata luta de pesquisadores para mudar leis que travam ciência no país

Livro faz balanço das iniciativas de cientistas para mudar leis federais que atrapalham a pesquisa no Brasil. Apesar do sucesso em alguns casos, a maior parte das alterações obtidas ainda não está em vigor, por falta de regulamentação. O cenário piora com a ausência, no mundo político, de porta-vozes dos interesses acadêmicos

Um parceiro fundamental no desenvolvimento da ciência no Brasil está fora dos institutos de pesquisas e dos laboratórios de universidades, em um lugar do qual acadêmicos costumavam passar longe: o Congresso Nacional.
Quem faz pesquisa no país é obrigado a seguir uma série de leis.

Não raro, elas são criadas por legisladores que não sabem como funciona a atividade acadêmica e podem travar o andamento dos estudos. Além disso, há poucos cientistas atuando como porta-vozes na política nacional.

Algumas dessas leis problemáticas foram alteradas por causa da pressão dos próprios pesquisadores. Em um movimento pouco comum, a categoria buscou conversar com senadores, deputados e até com a Presidência.

Nem todas as sugestões, porém, têm sido ouvidas. Mais ainda: parte da legislação modificada para atender a necessidades da academia segue sem regulamentação. Ou seja: na prática, as alterações não estão em vigor.

A incursão dos pesquisadores no Congresso é documentada em “A Ciência e o Poder Legislativo no Brasil – Relatos e Experiências” [SBPC, 197 págs., acesso gratuito em portal.sbpcnet.org.br], organizado por Helena Nader, biomédica e ex-presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), com a colaboração das colegas Beatriz Bulhões Mossri e Fabíola de Oliveira.

Veja o texto na íntegra: Folha.com