Atraso em repasse para Fapemig dificulta pesquisas em Minas

Cerca de 70% dos 10 mil estudantes já tiveram problemas para receber verbas que têm direito. “Em um país que quer crescer e se tornar independente, a pesquisa deve ser mais valorizada”, afirma a secretária regional da SBPC-MG e professora da UFMG, Adelina Reis, em reportagem do jornal O Tempo

Estudantes que recebem bolsas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) reclamam que o pagamento do benefício, que estaria sendo feito com atraso desde outubro de 2016, está vindo cada vez mais tarde. O dinheiro deve ser transferido até o quinto dia útil do mês seguinte, mas o valor referente a maio só foi depositado para os estudantes nesta semana, e o de junho não tem nem previsão de ocorrer. A situação prejudica o andamento dos estudos e dificulta a sobrevivência dos alunos, que dependem da quantia para arcar com despesas de moradia, transporte e alimentação. Alguns acabam até mesmo desistindo das pesquisas, essenciais para o desenvolvimento do País.

Cerca de 7.000 bolsistas, sobretudo os de iniciação científica, mestrado e doutorado, estão recebendo com atrasos, de um total de 10 mil beneficiados por ano pela Fapemig. As bolsas atendem desde alunos do ensino médio até pós-doutorandos e variam entre R$ 150 e R$ 2.200 – valores não reajustados desde 2013. O problema é ainda mais grave porque os programas de apoio à pós-graduação não permitem vínculo empregatício nem acúmulo de bolsas por parte dos alunos.

Leia na íntegra: O Tempo