As instituições de ensino federais em Pernambuco confirmaram que podem fechar setores, suspender bolsas, desativar laboratórios e até mesmo paralisar suas atividades no segundo semestre deste ano por causa dos cortes nos orçamentos das instituições de ensino federais pelo Ministério da Educação (MEC). Reitores de universidades pernambucanas lamentaram a ameaça ao funcionamento das instituições na segunda metade do ano letivo. Sem verba para água, luz, manutenção e materiais, universidades e institutos federais podem ter funcionamento inviabilizado já a partir de julho. Para evitar este sombrio panorama futuro, as instituições pedem que o MEC reverta o bloqueio orçamentário.
O contingenciamento financeiro das universidades e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) foi discutido na tarde desta quarta-feira (8) por reitores do estado. A Academia Pernambucana de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) realizaram o evento “Ameaças à autonomia universitária” no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Amaro Lins, ex-reitor da UFPE e coordenador do evento, deu início à sessão afirmando que as medidas que tem sido tomadas afrontam todos os direitos conquistados pela educação. “É inadmissível que estas propostas sejam implementadas neste país que já deu grandes passos na ampliação da oferta de educação para grande parte da população. Estamos avaliando a possibilidade de fazer um documento a ser encaminhada ao MEC e ao presidente da república, principal responsável por esta tragédia que vivemos agora. O importante é não perdermos o foco de que não se pode questionar o que já está estabelecido na constituição. Vivemos em um país democrático que deve lutar para garantir isto”, opinou.
Veja o texto na íntegra: Diário de Pernambuco