Os trabalhos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), que está sendo implantado no campus da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande, começaram oficialmente nesta quinta-feira (1º), com a liberação de R$ 880 mil do Governo do Estado e entrega do cartão bancário para a movimentação do recurso financeiro.
O secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e o Prof. Márcio de Araújo Pereira, diretor-presidente da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul participaram da entrega do cartão BB Pesquisa ao pesquisador Prof. Dr. Octávio Luiz Franco, responsável pela implantação da unidade do INCT, na UCDB, o primeiro em Mato Grosso do Sul.
O secretário Jaime Verruck lembrou que a UCDB e o projeto do INCT estão alinhados ao projeto do Governo do Estado de tornar Mato Grosso do Sul referência em Ciência, Tecnologia e Bioeconomia. “Na reunião anual da SBPC, realizada na última semana em Campo Grande, a Bioeconomia recebeu grande destaque, o que nos permitiu mostrar ao Ministério de CT&I e aos pesquisadores de MS o que já temos feito nessa área aqui no Estado. Nosso próximo passo será buscar um projeto em conjunto com todas as universidades de Mato Grosso do Sul para o desenvolvimento de um laboratório de pesquisa aplicada na área de Bioeconomia”, afirmou o titular da Semagro.
Segundo o presidente da Fundect, a entrega do cartão simboliza o início dos trabalhos de pesquisa referentes ao INCT. “O primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do nosso Estado se dá por meio de uma parceria entre a Universidade Católica Dom Bosco, o Cnpq, e o Governo do Estado por meio da Semagro e Fundect. Neste cartão serão disponibilizados até R$ 3,5 milhões destinados à pesquisa, sendo que já estão disponíveis mais de R$ 880 mil”, afirmou Márcio.
O INCT da Católica é denominado “Bioinspiration Bioinspir — Bioinspired molecules applied to increase the production and quality of animal protein” e trabalhará com o desenvolvimento de medicamentos “inspirados” em moléculas de origem animal para produção de medicamentos veterinários.
Os trabalhos serão liderados pelo pesquisador Dr. Octávio Luiz Franco. São estimados investimentos de R$ 7 milhões, somando verbas do governo federal, contrapartida do governo estadual, por meio da Fundect, e o investimento em pessoal e infraestrutura da Católica.
No total, são cerca de 220 pesquisadores associados, de 22 países e, somados os alunos, o número de pessoas chega a 400. “Esperamos um reflexo muito positivo na formação de pessoal, desde a graduação. Serão muitos cursos, abertos à participação de todos, bolsas para iniciação científica, pretendemos treinar pessoas e fortalecer a cultura da pesquisa na Instituição e no Estado”, destacou o pesquisador.