Bióloga de formação e doutora em Botânica, ela trabalha com biodiversidade realizando pesquisa científica na área básica, que é a que serve de fundamento para realização de outras pesquisas. Analisando plantas potencialmente medicinais, a pesquisadora faz descobertas que abrem caminho para que químicos e farmacêuticos possam fazer seus estudos.
O orçamento sempre foi reduzido para insumos de laboratório e para o trabalho de campo, que exige deslocamentos para fora da capital paulista, na Mata Atlântica e outras florestas do Brasil, em áreas de cerrado e na Amazônia. Com os cortes de orçamento do governo federal, pesquisas como as realizadas por Maria Beatriz Rossi Caruzo podem ficar paralisadas por tempo indeterminado.
Professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a botânica está entre as pesquisadoras e pesquisadores preocupados com o impacto dos cortes de verba no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligados ao Ministério da Educação (MEC).
“A pesquisa de base é o tipo de pesquisa que acaba sendo atingida porque, como não tem uma aplicação imediata, pois serve de base para outras ciências, não é considerada ‘relevante’ pelo governo federal na hora de definir os cortes. Mas é uma área de pesquisa extremamente importante tanto para conservação da biodiversidade quanto para prospecção de novos medicamentos”, explica Maria Beatriz, que também é curadora do herbário da Unifesp.
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