Encontro na Uerj discute as propostas do Brasil para a sexta edição do Fórum Mundial da Ciência, que será realizado na capital fluminense na semana que vem
A abertura do “Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade”, que debate propostas brasileiras para o Fórum Mundial de Ciência (WSF, na sigla em inglês) 2013, foi realizada na manhã desta quinta-feira (21/11), na Capela Ecumênica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). O evento, que ocorre até amanhã (22/11), tem como tema “Ciência para o desenvolvimento sustentável global”, que também conduzirá as discussões do WSF 2013, a ser realizado na capital fluminense, entre os dias 24 e 27 de novembro.
Hoje na parte da tarde, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, e o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, participam de um debate em que será divulgado documento “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global: contribuição do Brasil”.
A publicação reúne as propostas e conclusões das discussões realizadas nos sete encontros preparatórios ao FMC 2013, ocorridos desde o ano passado. Na mesma sessão, será apresentado a “Declaração da América Latina e Caribe à sexta edição do Fórum Mundial”, que lança as bases de um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns para as próximas décadas.
Hoje, durante a abertura, a presidente da (SBPC), Helena Nader, destacou a importância da escolha do Rio para a realização do fórum mundial, sendo a primeira vez fora a Hungria. “É uma honra e um privilégio”, resumiu. Ela considera os encontros preparatórios como peças fundamentais para o êxito do evento. “Foram encontros que percorreram o país de norte a sul, e de leste a oeste”, lembrou.
A polêmica sobre o uso de animais em pesquisas científicas também foi lembrada nos discursos de abertura. Helena disse que o obscurantismo está tomando conta do país. “Temos que sair em defesa da Lei Arouca, que está sendo rasgada pelo Congresso Nacional”, afirmou. O reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves de Castro, disse que limites éticos devem ser estabelecidos, mas que não podem impedir o desenvolvimento científico. “Sobre os experimentos com animais, não há como retroceder desse ponto”, opinou.
Jacob Palis, presidente da ABC, afirmou que a realização do fórum mundial no Brasil representa um marco histórico. “Significa que nosso país é protagonista no cenário mundial de ciência, tecnologia e inovação”, orgulhou-se. Também participaram da solenidade de abertura Luiz Antonio Elias, representando o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp; Gustavo Reis Ferreira, secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (SECT-RJ); Glaucius Oliva, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Sergio Gusmão, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e Rui Garcia Marques, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), entre outros.
O evento é promovido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), a ABC, a SBPC e as instituições do sistema nacional de CT&I.
(Edna Ferreira / Jornal da Ciência)