O avanço da poluição está levando risco a uma das praias mais tradicionais do Rio de Janeiro: a da Barra da Tijuca, na zona oeste. Uma mancha verde com cianobactérias, que se reproduzem na água contaminada pelo esgoto, está em uma lagoa a apenas quatro quilômetros da orla.
O biólogo Mário Moscatelli, que sobrevoou a região, afirma que o problema é grave e de saúde pública. Segundo ele, os banhistas correm grande perigo de contaminação no contato com as águas, seja pelo mergulho, ingestão ou absorção através da narina. As cianotoxinas são prejudiciais e podem causar dermatite, reações alérgicas na pele, doenças respiratórias, problemas gastrointestinais e, em situações mais graves, hepatite e câncer de fígado.
A mancha verde na Lagoa da Tijuca pode se estender por vários quilômetros na praia da Barra da Tijuca, por meio do Canal da Joatinga. “Importante lembrar que, além do contato primário com exposição da pele, as mucosas e vias respiratórias também ficam expostas. O spray ocasionado pelo batimento de ondas pode ser inalado durante a prática de esportes náuticos como jet-ski, surfe e stand up paddle, o que aumenta em muito a absorção das toxinas”, destacou Moscatelli.
Períodos de maré baixa, com lua cheia e lua nova, são os mais perigosos, propícios para o escoamento das bactérias na praia da Barra e nas Ilhas Tijucas, frequentadas por moradores e turistas. A extensão da mancha verde abacate, que inicialmente ficava restrita ao quebra-mar e à Praia do Pepê, varia de acordo com as condições das correntes e do vento.
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