Do luto à luta: ações da SBPC em junho

A entidade se mantém alerta aos desmontes no setor e se uniu a entidades científicas e da sociedade civil em grandes frentes de defesa nas questões mais urgentes neste momento: a vida, a saúde e o SUS, a vacinação gratuita para todos, solidariedade aos mais atingidos pela crise econômica, o meio ambiente, a democracia, a ciência, a educação. Veja as ações no 6º mês do ano

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) continua alerta ao desmonte das políticas públicas sanitárias, científicas, educacionais, e socioambientais no País, principalmente neste período de desafios profundos, agravados pela pandemia do coronavírus.

A entidade vem se posicionando firmemente desde o início da pandemia e se uniu a entidades científicas, acadêmicas e da sociedade civil em grandes frentes de defesa nas questões mais urgentes neste momento: a vida, a saúde e o SUS, a vacinação gratuita para todos, solidariedade aos mais atingidos pela crise econômica, o meio ambiente, a democracia, a ciência, a educação, etc.

No início de janeiro, o Jornal da Ciência publicou a reportagem “Retrospectiva: Do luto à luta” com as principais ações, manifestações e realizações da SBPC e suas secretarias regionais ao longo de 2020. Em março, o veículo publicou a matéria “Do luto à luta: ações da SBPC em um ano de pandemia” com as principais ações dos três primeiros meses de 2021. Em maio repetiu com o texto “Do luto à luta: ações da SBPC em abril”. As ações do quinto mês podem ser conferidas no texto “Do luto à luta: ações da SBPC em maio”. Dando continuidade a esta iniciativa, o Jornal da Ciência vai, mensalmente, atualizar nossos leitores sobre as ações da entidade para reiterar como a participação de todos é fundamental nessas lutas. Fique por dentro e faça parte!

JUNHO

No dia 8 a SBPC lançou o volume 14 da obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”. Intitulada “Avaliações Internacionais”, esta seção é de autoria de Andréa Leme da Silva, Erika Yamada, Helena Neri Alves-Pinto, Luciana Ferraz, Manuela Carneiro da Cunha, Nurit Bensusan, Patrícia de Mendonça Rodrigues, Raisa Mulatinho Simões e Sônia Barbosa Magalhães.

No dia 10 de junho, a SBPC, Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Academia Nacional de Medicina (ANM) se manifestaram sobre a situação dos periódicos científicos brasileiros. O documento foi enviado para os ministros da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, com cópia para os presidentes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e para os presidentes das comissões de Educação, Cultura e Ciência e Tecnologia na Câmara e no Senado.

Um dia depois, 11 de junho, a Sociedade Brasileira de Física (SBF), junto à SBPC e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), realizou um painel em homenagem ao professor Sérgio Mascarenhas, falecido no dia 31 de maio, aos 93 anos.

As oito entidades que compõem a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ABC, Andifes, Confap, Conif, Confies, Consecti, IBCHIS e SBPC) encaminharam no dia 14 de junho aos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, uma carta reivindicando mais recursos para a cota de importações de equipamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Eles alertaram que “a finalidade é mitigar os impactos negativos que essa restrição (cortes) vem ocasionando à ciência e tecnologia no Brasil, incluindo o prejuízo ao enfrentamento da covid-19”.

No dia 20, as sociedades signatárias do Pacto Pela Vida e Pelo Brasil publicou na Folha de S. Paulo o texto “Meio milhão de vidas perdidas”.

No dia seguinte, dia 21 de junho, a SBPC divulgou a programação preliminar da 73ª Reunião Anual, que será realizada de forma virtual em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entre os dias 18 e 24 de julho de 2021.

No mesmo dia foi lançado o “Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade”. O objetivo da iniciativa é registrar, acompanhar, tornar público e encaminhar às autoridades competentes atentados à liberdade de expressão, à liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento científico no País. O lançamento foi feito em uma sessão virtual transmitida pelo canal da SBPC no YouTube, com participação de membros do Conselho do Observatório, representantes de entidades apoiadoras – como Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH); Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (LAUT); Comissão Arns; Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap); Observatório do Conhecimento; Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP);e Ciências Sociais Articuladas -,  e parlamentares.

Um dia depois, 22 de junho, a entidade divulgou o resultado das eleições para Diretoria, Conselho e Secretarias Regionais. A eleição teve 60% de participação dos sócios, o maior índice dos últimos dez anos. Renato Janine Ribeiro foi eleito presidente e sete mulheres vão compor a nova Diretoria, um número também inédito na história de 73 anos da SBPC.

No dia 23 a SBPC lançou o volume 5 da obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”. Com a questão “Os territórios indígenas e tradicionais protegem a biodiversidade?”, a seção traz novos elementos que reforçam a já bem estabelecida contribuição dos povos indígenas e dos outros povos tradicionais na proteção da biodiversidade brasileira.

No dia seguinte, 24 de junho, realizou o webinar “Povos da Floresta e Conservação da Biodiversidade”. O evento é parte do projeto “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”.

No mesmo dia, 24 de junho, o estudo “Mortes evitáveis por covid-19 no Brasil”,  encomendado pelo grupo Alerta, que reúne a SBPC e outras seis entidades da sociedade civil – Anistia Internacional Brasil, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e a Oxfam Brasil, foi apresentado aos senadores durante  à CPI da Covid pela médica e diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck.

Jornal da Ciência