Os sistemas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência federal de fomento à pesquisa, chegaram nesta terça-feira, 27, ao quarto dia fora do ar. A indisponibilidade dos servidores compromete o acesso a currículos de cientistas na plataforma Lattes e ao sistema de gerenciamento de bolsas. O “apagão” preocupa cientistas em todo o País, que temem a perda de dados e atrasos na liberação de auxílios. O conselho nega que as informações tenham sido perdidas.
O CNPq é uma entidade ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia responsável pelo fomento à pesquisa e pelo pagamento de bolsas a cientistas brasileiros. Cerca de 80 mil pesquisadores brasileiros são financiados com recursos do CNPq. Os sistemas do conselho dão acesso aos currículos Lattes de milhares de pesquisadores, documentos usados para concorrer a bolsas e pleitear recursos para projetos. O CNPq também guarda informações sobre grupos de pesquisa em todo o País e gerencia uma plataforma para pagamento de bolsas aos cientistas, a Carlos Chagas, que está fora do ar.
Na tarde desta terça-feira, nem os e-mails de servidores do CNPq funcionavam normalmente e até o início da noite não havia previsão de restabelecimento dos sistemas. Segundo o CNPq, empresas foram contratadas para diagnosticar a causa da indisponibilidade das plataformas e os procedimentos de reparação dos equipamentos já foram iniciados.
Uma das preocupações de pesquisadores é que os dados registrados nas plataformas tenham sido perdidos, o que foi negado pelo CNPq na tarde desta terça-feira. De acordo com o órgão, há um backup das informações. Ainda não está claro se esse backup será capaz de recuperar as últimas informações depositadas pelos cientistas.
“O CNPq já dispõe de novos equipamentos de TI e a migração dos dados foi iniciada antes do ocorrido. Independentemente dessa migração, existem backups cujos conteúdos estão apoiando o restabelecimento dos sistemas. Portanto, não há perda de dados da plataforma Lattes”, informou o conselho. O órgão também afirma que o pagamento de bolsistas, outra preocupação dos pesquisadores, não será afetado.
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