A presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Cláudia Mansani Queda de Toledo, respondeu à nota pública da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em defesa da Capes, encaminhada nesta sexta-feira, 6 de agosto.
No documento, a SBPC questiona a contratação de Lívia Pelli Palumbo, estudante de Doutorado da atual presidente da Capes, para assumir o cargo de diretora de Relações Internacionais (DRI) da agência. “É válido pontuar que (Palumbo) ainda não concluiu sua formação acadêmica, como também não possui qualquer experiência em coordenação de redes de colaboração internacional ou outra distinção que a credenciem para o cargo. Isto é particularmente preocupante para o período que passamos, que demanda para a DRI um perfil de liderança com grande experiência acadêmica para rearticular as redes e os projetos institucionais de internacionalização da pesquisa científica do Brasil. Os alicerces do sistema responsável pela formação de recursos humanos de alto nível e pela tão propalada inserção internacional de nossos pesquisadores estão, claramente, abalados”, afirma a Sociedade na nota pública.
Em resposta, encaminhada por mensagem ao presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, Cláudia Toledo argumenta que a nova diretora de Relações Internacionais da agência “é detentora de todos os requisitos legais e de competência para assumir o cargo”. Informa ainda que Palumbo é professora concursada de Direito Penal no Instituto Municipal de Ensino Superior de Bebedouro (Imesb) e do Centro Universitário-ITE desde 2013, além de possuir formação em “cursos na área jurídica, na Itália e nos Estados Unidos”.
Toledo também esclarece na mensagem que a nova DRI ainda não defendeu sua Tese de Doutorado “devido aos impactos da pandemia que afetaram a educação em todo País”, mas que o fará em breve, no Centro Universitário de Bauru. E acrescenta que possuir Doutorado não é requisito objetivo para assumir um cargo de direção, que envolva gestão, na agência vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
“A Capes afirma ainda que a pós-graduação brasileira, principalmente no tocante às ações de cooperação internacional, poderá contar com a nova diretora no desenvolvimento de relevantes projetos que, certamente, contribuirão para a melhor formação dos pesquisadores e darão mais visibilidade à pesquisa brasileira no mundo”, escreve a presidente da Capes.
Jornal da Ciência
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