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4ª Conferência Mundial sobre Integridade Científica convida pesquisadores brasileiros

Pesquisadores de todas as áreas do conhecimento estão sendo convidados para participar da 4ª Conferência Mundial sobre Integridade Científica (4th World Conference on Research Integrity), que se realizará no Brasil neste ano. O evento, pela primeira vez na América Latina, será no Rio de Janeiro, no Centro de Convenções Windsor Barra, de 31 de maio a 3 de junho.
A 4th World Conference on Research Integrity se realizará de 31 de maio a 3 de junho, no Rio de Janeiro. Será a primeira vez na América Latina 
Pesquisadores de todas as áreas do conhecimento estão sendo convidados para participar da 4ª Conferência Mundial sobre Integridade Científica (4th World Conference on Research Integrity), que se realizará no Brasil neste ano. 
O evento, pela primeira vez na América Latina, será no Rio de Janeiro, no Centro de Convenções Windsor Barra, de 31 de maio a 3 de junho. 
Sonia Vasconcelos, coordenadora do comitê de organização local da Conferência, informou que, até agora, os inscritos são pesquisadores e gestores de cerca de 120 instituições distribuídas por 43 países. O programa preliminar está disponível no site http://www.wcri2015.org/program.html
Professora adjunta do Programa de Educação, Gestão & Difusão em Biociências (PEGeD) do Instituto de Bioquímica Médica(IBqM) Leopoldo de Meis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sonia observou que os organizadores  da Conferência vêm unindo esforços para que todos os segmentos do sistema brasileiro de ciência e tecnologia – pesquisadores, alunos, educadores, financiadores e gestores – sejam representados no evento.
Sonia destaca que a realização da Conferência no Rio de Janeiro constitui oportunidade única para a comunidade científica brasileira contribuir nos debates que serão travados e se familiarizar com questões contemporâneas sobre a integridade científica, que se traduzem em desafios mais ou menos severos para diferentes sistemas de ciência e tecnologia. No País, a discussão do tema vem sendo acompanhada de algumas ações objetivas, ela argumenta.
Como exemplo dessas ações, a pesquisadora citou o apoio das principais agências de fomento à pesquisa brasileira para a concretização da 4th World Conference on Research Integrity. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) estão ajudando a viabilizar a iniciativa.
Sonia ressaltou o apoio formal desses órgãos, além de vários outros, como a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), à candidatura do Brasil como sede do evento internacional, o que demonstra o reconhecimento da importância do tema e seus desdobramentos para a atividade de pesquisa no País. 
Ela fez questão de frisar o apoio da SBPC nesta etapa da organização. “Estamos ampliando a divulgação do evento e, neste momento, com a importante cooperação da SBPC, Capes e Fapesp.”
Importância da participação nacional
Ao discorrer sobre as possibilidades de contribuição do evento para a ciência brasileira, Sonia disse ser “crucial” a participação de pesquisadores brasileiros, tanto jovens e como seniores, na Conferência.
“O tema é de particular relevância para todos os que desenvolvem ou que estão envolvidos com atividades de pesquisa. Sabemos que hoje há várias práticas de pesquisa sendo revisitadas, releituras de políticas editoriais em curso e novos desafios éticos no contexto da comunicação da ciência.”
No olhar da pesquisadora da UFRJ, a realização da 4th World Conference on Research Integrity no Brasil tem importância estratégica para o país em diversos aspectos. Dentre os quais, os da formação de jovens pesquisadores e de gestão da pesquisa. 
“Estamos falando de um tema que vem delineando políticas científicas e de governança da pesquisa nos países que respondem por boa parte da produção acadêmica mundial e que colaboram com o Brasil.” 
Comitê de organização da conferência 
O comitê local é composto por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e que, nos últimos anos, vêm se envolvendo com o tema “integridade em pesquisa” direta ou indiretamente.  Tal comitê, que inclui alguns membros da ABC, trabalha em parceria com um comitê internacional, http://wcri2015.org/organizing-committee.html, que inclui três participantes do grupo local. 
Sonia lembrou que “boa parte desses colegas” vem participando, desde 2010, da organização do Brazilian Meeting on Research Integrity, Science and Publication Ethics (BRISPE), cuja 3ª edição foi realizada na Fapesp, em agosto de 2014. Esse evento incluiu uma reunião preparatória sobre a conferência mundial. 
A conferência mundial conta com a cooperação de um Comitê Consultivo, do qual fazem parte a presidente da SBPC, Helena Nader, e o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique Brito Cruz. Participam também, entre outros, Charlotte Haug, vice-presidente do Comitê de Ética em Publicações (COPE, na sigla em inglês), e Mark Frankel, diretor do Programa de Responsabilidade Científica e Direitos Humanos da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), além de integrantes de um fórum internacional com cerca de nove mil membros, a maioria editores de periódicos científicos. 
(Viviane Monteiro/ Jornal da Ciência)