Um dos maiores desafios para a implementação, não apenas da bioeconomia, mas qualquer atividade que vise o desenvolvimento da Amazônia é o enfrentamento da violência. É o que diz a secretária-executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) do Amazonas, a economista Tatiana Schor. Segundo ela, a violência no estado vem aumentando e ultrapassando a capacidade de defesa dos órgãos de segurança.
Os obstáculos à bioeconomia é uma das abordagens sobre o tema na nova edição do Jornal da Ciência Especial que traz a visão de pesquisadores e especialistas para ajudar a compreender esse novo campo de estudos e atividade econômica.
“Nossas redes frágeis e os nossos mercados imperfeitos da bioeconomia já estão sendo postos em cheque porque tem áreas que as facções, o tráfico e as milícias dominam e você não entra”, afirmou Schor durante o painel virtual “Bioeconomia na Amazônia: Abordagens Conceituais e Políticas Públicas de CT&I em Construção” realizado em novembro pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP).
O professor Fabio Magalhães Candotti, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) acrescenta que o problema dos conflitos violentos na Amazônia não é simplesmente uma questão de ineficiência da segurança pública. “O garimpo, a extração ilegal de madeira e o tráfico de drogas são mercados absolutamente centrais para a economia em nível local e regional, mas na ponta, vemos que as pessoas diretamente envolvidas, que tocam nessas mercadorias, são pessoas pobres, negras e indígenas que ganham muito pouco e se arriscam a morrer ou serem presas”,
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Janes Rocha – Jornal da Ciência