Em novembro, o brasileiro Tulio de Oliveira reportou ao mundo o surgimento de uma nova variante do Sars-CoV-2, sequenciada por ele e sua equipe na Universidade KwaZulu-Natal, na África do Sul. A nova cepa, batizada Ômicron pela OMS, logo se tornaria dominante no planeta. Em pouco mais de dois anos de pandemia, não foi raro ver brasileiros participando de pesquisas, ajudando a desenvolver vacinas contra a Covid-19 ou integrando a linha de frente do combate ao vírus noutros países. Cada um tem seus motivos para o exílio. Eles integram uma legião cada vez maior de brasileiros das mais diversas áreas que brilham longe da terra natal.
Não é uma tendência nova, mas ela se acentuou nos últimos anos. A falta de incentivo, os parcos financiamentos para projetos e pesquisas e os maus-tratos à ciência pelo governo Bolsonaro têm aumentado o êxodo. O mundo acadêmico já se refere à fuga de cérebros como uma diáspora. Como mostrou reportagem do GLOBO, há de 2 mil a 3 mil pesquisadores brasileiros trabalhando no exterior. Trata-se de mão de obra altamente qualificada (resultante de altos investimentos em educação), que parte em busca de melhores oportunidades, condições de trabalho e reconhecimento. O futuro do país está tomando o caminho do aeroporto.
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