Desde abril deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mais importante instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, é sócia institucional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Segundo a presidente da entidade, Nísia Trindade Lima, a adesão reafirmou o compromisso da Fiocruz em contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do país, visando aos interesses e às necessidades da sociedade brasileira, em plena consonância com a missão da SBPC.
Criada em 1900, a Fundação Oswaldo Cruz foi fundamental no combate a doenças como a peste bubônica, a febre amarela e a varíola. Atualmente, a instituição é a principal referência no combate à covid-19 das Américas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Assinamos a filiação institucional no dia 20 de abril, o que foi fundamental para reforçar o laço entre as instituições. Significa também que caminharemos juntas no sentido de enfrentarmos os desafios do presente e do futuro, entre os quais eu destaco a importância de pensarmos nos jovens, além das questões urgentes relativas à pandemia”, afirma.
Lima ressalta ainda que a associação poderá avançar na promoção de uma agenda científica mais ampla e transdisciplinar, adequada aos grandes desafios do futuro. “O desenvolvimento com sustentabilidade é um exemplo desses desafios, e passa por uma outra visão de país e de nação, para a qual a ciência precisará contribuir em todas as suas dimensões.”
Foi essa sinergia – de pensar no futuro – que levou Renato Cordeiro, pesquisador emérito da Fiocruz e membro do Conselho da SBPC, a sugerir a associação. “Considero fundamental e estratégico para a ciência e para o futuro do País, uma maior aproximação dos Institutos de Pesquisa, das universidades e empresas que desenvolvem pesquisa básica, ensino técnico e de pós-graduação e desenvolvimento tecnológico com a SBPC “, comenta.
Cordeiro articulou a adesão da Fiocruz e de outras duas instituições. Ele acredita que será muito importante a participação dos sócios institucionais nas Reuniões Anuais da SBPC, interagindo com a comunidade científica e com jovens estudantes nos vários estados da Federação. “A 74ª Reunião Anual da SBPC, que será realizada na UnB em julho, será uma excelente oportunidade para essa simbiose científica”, afirma.
Para Cláudia Linhares, secretária-geral da SBPC, a ampliação do número de sócios institucionais, em tempos econômicos e sociais tão difíceis para o Brasil, representa um enorme reconhecimento das empresas e organizações ao trabalho da Sociedade. “É uma chancela à importância das suas causas e, mais ainda, um alinhamento e compromisso com esses propósitos.”
Linhares conta que um dos focos desta gestão é continuar o trabalho de difusão do ideário da SBPC junto às empresas, para que se unam na defesa da ciência, tecnologia e inovação brasileiras. “A união de toda a sociedade civil em torno dessas bandeiras é o que trará o Estado Brasileiro, como um todo, a engajar-se no fortalecimento de CT&I.”
Além da Fiocruz, são sócios institucionais da SBPC, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), o Complexo Pequeno Príncipe, o DWIH, a Fundação Péter Murányi, a Microbiológica Química e Farmacêutica e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná.
Nas próximas semanas, o Jornal da Ciência publicará textos sobre os demais sócios institucionais da SBPC.
Para mais informações sobre os benefícios para sócios institucionais da SBPC acesse aqui.
Jornal da Ciência