A Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu paralelamente a outro centenário: a Independência do Brasil. O grupo, que já se reunia em encontros na capital paulista, tinha em comum um tom de questionamento enviesado às vanguardas europeias. O nacionalismo ganha força ao mesmo tempo que outras estéticas, vozes e narrativas passam a ser exploradas. Isso é que mostra a reportagem especial da nova edição da revista Ciência & Cultura: A semana de Arte Moderna e o Século Modernista — Extensões.
O evento é considerado pelos estudiosos como um divisor de águas no panorama cultural do Brasil, mesmo por críticos ou historiadores que o relativizam. Neste cenário, emerge duas figuras muito importantes: Mário e Oswald de Andrade. Mário e Oswald, foram fundamentais para alavancar a cidade paulista ao moderno e a uma nova era. Apesar do protagonismo dos paulistas neste momento, a ampliação das relações entre os modernistas deram ao movimento novas vertentes, nova força e novos membros – como Carlos Drummond de Andrade.
Mário, em sua curta vida, personificou ideias, indo de encontro a frustrações e angústias. Oswald de Andrade teve existência e personalidade tão marcantes quanto suas obras. Já Drummond permeou por temas do cotidiano recriando uma forma própria e não deixando o moderno do modernismo morrer. A ligação dessas gerações é imprescindível para continuidade e uma rica herança do que se tem hoje sobre o movimento.
Assim, a valorização do movimento Modernista foi construída mediante a muitos fatores de resistências e relações. “Sem o trabalho árduo, a estrutura de oportunidades, a ação coletiva, a formulação de obras e novos paradigmas e, sobretudo, a socialização das novas gerações posteriores, a Semana da Arte Moderna não teria esse lugar simbólico tão proeminente na história da cultura moderna brasileira”, lembra André Botelho, professor do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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