No relatório Conflitos no Campo Brasil 2022, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que em pouco mais de 10 anos, 43 indígenas foram assassinados na Amazônia, dos quais metade (23) durante o governo atual. Os mortos eram, na maioria, líderes de povos que vivem em terras indígenas homologadas pela União e que lutavam contra práticas criminosas, como desmatamento, garimpo, tráfico de drogas e pesca ilegal.

A nova edição do Jornal da Ciência que acaba de subir para o site, cujo tema principal são conflitos que atingem o Brasil e o Mundo, dedica quatro páginas para as várias violências sofrida pelos indígenas brasileiros.

Mas não é só no Brasil: a violência atinge povos em vários outros locais do planeta, o que motivou a revista científica Inland Waters a dedicar um volume especial sobre os indígenas no mundo. Publicação da Sociedade Internacional de Limnologia (SIL) – ciência que estuda os ecossistemas aquáticos continentais -, a edição especial vai trazer artigos não apenas de estudiosos do tema, mas também de representantes de tribos e etnias que vivem em diversos continentes, da Oceania às Américas.

Para completar o tema, o JC Especial traz uma entrevista com a antropóloga Marta Maria do Amaral Azevedo. Primeira mulher a ocupar a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai), no governo Dilma Rousseff, ela conta sobre suas vivências com os Guarani e os Kaiowá no sul do Mato Grosso do Sul e explica como esse povo que sabe ouvir, sabe respeitar o semelhante e o diferente, se tornou um dos mais atacados em um infindável conflito de terras. A reportagem completa está na nova edição do Jornal da Ciência Especial, disponível gratuitamente para download na aba Edições Impressas. Baixe o seu exemplar e boa leitura!

Janes Rocha – Jornal da Ciência