A ciência trouxe antibióticos, vacinas, saneamento básico, equipamentos de proteção, desenvolvimento de novos fármacos, aparelhos sofisticados de comunicação e segurança, e muito mais. Há uma profunda dependência existente entre o conhecimento científico e a qualidade de vida humana. Isso é o que aponta artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura, que tem como tema “Ciência e Vida”. A edição especial aborda as várias maneiras como a ciência e a tecnologia contribuem com diversos aspectos de nossa vida diária.
“Todas as atividades humanas no século XXI, do instante em que se acorda ao instante em que se vai dormir, incluindo o período de sono, dependem de algum conhecimento trazido pela ciência e incorporado aos padrões da sociedade dessa época”, afirma Aldo José Gorgatti Zarbin, professor do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Para o pesquisador, tudo o que nos cerca e que melhora a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar, é fruto direto da ciência gerada em algum momento. Ele aponta que o maior resultado desse grande desenvolvimento científico foi o aumento da expectativa média de vida, que atualmente fica ao redor dos 80 anos (no início do século XX, a expectativa de vida média de um cidadão comum variava entre 35 a 45 anos).
A ciência também tem um forte impacto social através de seu papel central no desenvolvimento e na soberania do país, no desenvolvimento econômico e na geração de empregos e riqueza – fatores essenciais para a diminuição das desigualdades. “A ciência transforma matéria-prima ou commodities em tecnologia, aumentando sobremaneira seu valor agregado, e gerando empresas competitivas, robustas e independentes de flutuações de humores do sistema financeiro global”, explica Zarbin. “Dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), indicam não haver desenvolvimento de tecnologias inovadoras, em todos os países do mundo, sem os investimentos públicos realizados em ciência e tecnologia. Em outras palavras, a ciência também é um excelente negócio, e os lucros se fazem sentir por toda a sociedade”, finaliza.
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