De onde viemos? Para onde vamos? Do que somos feitos? Esses são alguns dos grandes questionamentos da humanidade – e que a ciência vem tentado responder ao longo do tempo. Áreas como a biologia, química, filosofia, e tantas outras, abordam aspectos particulares dessas perguntas. A física possui um papel importante nesse aspecto, buscando compreender a constituição básica do Universo e desvendar a estrutura básica que compõem tudo o que observamos ao nosso redor.
Esse é o tema do artigo da nova edição da Ciência & Cultura. Alinhada com o “Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável 2022-23” (IYBSSD, na sigla em inglês), estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Unesco, o número traz como tema “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
Nesses últimos 100 anos um enorme progresso foi feito e o nosso conhecimento sobre a estrutura fundamental da matéria e como o Universo funciona estão consolidados em duas grandes teorias na física: o Modelo Padrão da Física de Partículas e a Teoria da Relatividade. “Apesar de todos os avanços no nosso entendimento acerca da estrutura da matéria, vimos que ainda há muitas questões em aberto que motivam cientistas a proporem novas ideias e novos experimentos que serão exploradas nas próximas décadas”, explica Alexandre Suaide, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP).
O pesquisador aponta que a busca pelo entendimento das nossas origens continua longe de encontrar um desfecho. Ele ainda diz que há muito debate sobre a necessidade de investir em ciência básica visando entender como a natureza funciona (e assim, responder às grandes perguntas da humanidade). “A ideia de que pesquisa científica deve ser algo apenas útil é limitadora. A principal característica do ser humano é sua curiosidade, sua busca pelo entendimento do ambiente em que vive. Limitar essa curiosidade a apenas aquilo que tem retorno imediato para a sociedade é privá-la de encontrar caminhos no desconhecido”, defende.
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