Ensino e pesquisa científica são duas áreas nas quais a Inteligência Artificial (IA) está sendo vista como uma verdadeira revolução. Para o bem e para o mal. Na verdade, a IA já estava sendo acionada antes do aparecimento do ChatGPT, geralmente por laboratórios e pesquisadores que utilizavam a técnica para objetivos específicos.
O que mudou mais recentemente foi o aparecimento de modelos de capacidade gigante para captura, acumulação e processamento de dados, as chamadas “IAs generativas”, que levam esse nome porque geram conteúdo e podem ser treinadas em conjuntos massivos de dados (Large Language Models).
“Isso nos leva a refletir sobre o potencial para a pesquisa científica”, observa Rafael Cardoso Sampaio, Professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pesquisador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD), Sampaio acredita que a IA é uma verdadeira “mudança de paradigma”, não só para a ciência, mas para a própria internet. ”
A advogada Cynthia Picolo, diretora presidente do Laboratório de Políticas Públicas e Internet (Lapin), alerta para o risco de “colonialismo de dados.
Janes Rocha – Jornal da Ciência