As mudanças climáticas e a crescente urbanização estão aumentando rapidamente a exposição humana a temperaturas extremas, o que requer adaptação dos centros urbanos. Nos últimos dez anos houve um nítido avanço em relação a trazer a questão climática para dentro dos marcos normativos, implementando – ou trabalhando na implementação de – planos de ação.
No entanto, os poucos municípios que conseguiram aprovar estes planos junto aos seus legislativos têm dificuldade em tirá-los do papel. O resultado são medidas insuficientes para proteger a população dos eventos extremos.
Em reportagem da nova edição do Jornal da Ciência Especial as pesquisadoras Gabriela Marques Di Giulio e Maria de Fatima Andrade comentam os obstáculos para adoção de medidas de adaptação das cidades. Di Giulio é professora associada do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Andrade é professora do Departamento de Ciências Atmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP).
Janes Rocha – Jornal da Ciência