Em um cenário de instabilidade política no país, Cesar Lattes decidiu voltar ao Brasil para continuar suas pesquisas por aqui. Apesar de um renome internacional e uma sólida carreira no exterior, o cientista preferiu ficar no país e incentivar a pesquisa nacional. A trajetória do cientista, suas inquietações e sua genialidade são discutidos em artigo da nova edição da Ciência & Cultura, que celebra o centenário do físico brasileiro César Lattes.

Em seu artigo, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, colega de Cesar Lattes, conta sobre o primeiro encontro entre ambos no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), onde Lattes já demonstrava uma personalidade intensa ao se indispor com o diretor do CBPF. O professor emérito do Instituto de Física da Unicamp e presidente do Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM) volta a encontrar Lattes na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde o Instituto de Física abrigava seus primeiros passos na instituição. “Seu sucesso tinha sido tão grande na descoberta do méson-π que poucos o questionavam”, relembra o autor.

O texto destaca a notável descoberta de Lattes do méson-π e seu sucesso neste campo, apesar de enfrentar controvérsias, como o incidente envolvendo o lançamento de um apagador de quadro na cabeça do General Valverde. Além disso, revela-se o lado místico de Lattes, semelhante ao de outros físicos renomados. Por fim, o autor pondera sobre o perigo do sucesso, destacando as complexidades da mente brilhante de homens de inteligência superior. “Ele merecia o Prêmio Nobel, tal importância de sua descoberta experimental. E muitos físicos do Brasil e do exterior também concordam”, conclui Rogério Leite.

Leia o artigo completo em:

https://revistacienciaecultura.org.br/?p=5703

Ciência e Cultura