A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) enviaram no dia 11 de outubro uma carta conjunta ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, expressando preocupação com a “significativa” redução do valor da cota de importações para pesquisa científica, administrada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
De acordo com o documento, a cota destinada à importação de insumos científicos foi reduzida de US$ 400 milhões em 2023 para US$ 240 milhões neste ano, valor que se esgotou já em junho sem suplementação. Segundo as entidades, isso compromete projetos estratégicos que dependem de insumos importados, essenciais para áreas como saúde, energia, agropecuária e meio ambiente.
“Além da descontinuidade nos trabalhos em andamento, a falta de autorização para importação compromete a capacidade do país de responder de maneira ágil e eficaz a emergências de saúde pública, como na produção de vacinas, bem como no desenvolvimento de novas tecnologias de fertilizantes, para nossa agricultura, entre outros exemplos”, alertam as duas entidades no documento.
A SBPC e a ABC pedem que medidas urgentes sejam adotadas em articulação com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Fazenda, e do Planejamento para garantir a suplementação da cota. “A ciência brasileira desempenha um papel fundamental no desenvolvimento social e econômico do país, e precisa ser tratada como prioridade, especialmente no atual contexto global”, concluem.
Leia a carta na íntegra neste link.
Jornal da Ciência