A recente devastação ambiental que atingiu a região de Valência na última semana, na Espanha, possui relações com as enchentes no Rio Grande do Sul em maio deste ano. Em ambos os casos, chuvas intensas deixaram um rastro de destruição. Especialistas argumentam que há uma falta de planejamento e preparação dos governos locais para lidar com esses eventos climáticos extremos. Isso porque o aquecimento global é um processo de certa forma irreversível. Cabe, agora, adaptar e reduzir danos. É o que defende o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro.
Embora separados por milhares de quilômetros, os dois episódios trazem semelhanças. No Brasil, particularmente governos de extrema direita adotaram medidas para reduzir a proteção ambiental. Isso impactou no Rio Grande do Sul. Enquanto, em Valência, houve um relaxamento na vigilância ambiental. Ambos os casos geraram debates e críticas quanto ao papel das políticas ambientais e de monitoramento, particularmente em cenário de aquecimento global.
Segundo Janine Ribeiro, em entrevista para a Rádio USP, da universidade em que ministra aulas de filosofia, esses desastres carregam uma importante lição sobre a necessidade de valorizar o conhecimento científico e o planejamento estratégico.
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