Familiares e amigos do físico Ennio Candotti reuniram-se no dia 18 de dezembro, quarta-feira, para uma cerimônia íntima e funcional de depósito de suas cinzas no Museu da Amazônia (Musa), em uma área especial. O evento ocorreu no Angelim Morto, uma imponente árvore tombada, onde Candotti havia construído uma plataforma de observação, refletindo sua dedicação à contemplação e preservação da floresta.
A cerimônia foi emocionante e despojada, com formato decidido por Fábio Magalhães Candotti, que destacou que o momento foi pensado para refletir a simplicidade e a essência de Ennio. Realizado em um dia de fechamento do Musa para visitação, o evento contou com a presença de Maria Elisa e Fábio, esposa e filho do homenageado, amigos do Musa e da professora da Universidade Federal do Amazonas, Marilene Correa, representando a SBPC e o Conselho de Administração do MUSA que preside.
Durante a ocasião, Fábio relembrou a visão e os esforços de Candotti na criação do Musa, um marco para a valorização da Amazônia e da ciência. Marilene Correa ressaltou o intenso trabalho conduzido por Candotti, que resultou em grandes conquistas que reverberam mesmo após sua morte, como a exposição Amazônia Revelada, em parceria com a National Geographic, e a entrega da proposta “Mais Conhecimento na Amazônia” ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS). A iniciativa prevê editais para atividades de pós-doutorado voltados à integração entre ciência e políticas públicas, com especial atenção aos egressos de programas de pós-graduação da região amazônica.
No encerramento, Maria Elisa inaugurou formalmente o Auditório Ennio Candotti, perpetuando o legado do cientista como uma figura central na defesa da ciência e da biodiversidade amazônica.
Marilene Corrêa, diretora da SBPC