Como Trump revira o mapa da ciência mundial e assusta pesquisadores

Bilionárias reduções de verbas por parte do governo americano abrem caminho para uma mudança de eixo geopolítico científico do mundo; procurada, Embaixada americana alega que consulados dos EUA no Brasil ‘estão revisando os programas e parcerias para garantir que sejam eficazes’

As bilionárias reduções de verbas destinadas à pesquisa por parte do governo de Donald Trump nos Estados Unidos tendem a provocar uma mudança do eixo geopolítico da ciência mundial. Entre, as áreas consideradas mais ameaçadas, estão saúde, mudanças climáticas, gênero e ciências sociais. Mesmo que as equipes se reorganizem e consigam novos financiamentos no futuro, a interrupção de trabalhos pode atrasar ou arruinar séries históricas de monitoramento e análise.
De forma geral, os cortes são considerados negativos, mas podem, em médio e longo prazo, criar até oportunidades para outros países. É o caso das nações da União Europeia, que podem atrair talentos em fuga dos Estados Unidos e do Brasil, que tem potencial ganhar papel mais relevante em cooperações científicas globais, na análise de especialistas.

Nos dois primeiros meses da nova gestão (iniciada em 20 de janeiro) houve demissões em massa, cortes bilionários de verba, cancelamento de projetos, eliminação de programas, sem falar na nomeação de nomes polêmicos para cargos importantes de várias agências de pesquisa.

Em comunicado, a Embaixada dos EUA no Brasil informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “a Embaixada e os consulados dos EUA no Brasil estão revisando os programas e parcerias para garantir que sejam eficazes e estejam alinhados com a política externa dos EUA e de acordo com a agenda America First (América em primeiro lugar).”

Veja o texto na íntegra: Estadão