Cientistas denunciam na Alesp ameaça de Tarcísio à carreira e venda de terras públicas de pesquisa

O debate aconteceu no dia 14 de maio na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Representando a SBPC, a pesquisadora Mariana Moura destacou a importância da participação dos cientistas nesse momento crucial de discussão sobre o futuro da ciência paulista e destes perceberem o peso político-social que possuem com maior autoestima e altivez

Em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na tarde desta quarta-feira (14), contra o Projeto de Lei Complementar Nº 9/2025, apresentada pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicano), que modifica a carreira de pesquisadores científicos e dos institutos de pesquisa paulistas. A categoria denuncia o projeto que, longe de fortalecer a carreira, representa  grave ameaça à sua continuidade, autonomia e valorização.

A audiência foi promovida pela deputada Beth Sahão (PT), em parceria com a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), o evento lotou o auditório Franco Montoro e contou com a participação massiva de pesquisadores e representantes de institutos de pesquisa, além de parlamentares da Casa – como os deputados Donato (PT), Guilherme Cortez (Psol), Marina Helou (Rede) e Carlos Giannazi (Psol).

“A audiência de hoje é uma mobilização de toda a categoria que está indignada com o desprezo em relação à qualidade dos serviços públicos do estado”, relatou Beth Sahão. A deputada contou que a expectativa do evento é unir esforços e fortalecer demandas para estabelecer um diálogo com o governo estadual. “É preciso retirar o projeto, que chegou com urgência à casa, e também impedir que as fazendas experimentais sejam vendidas por pura especulação imobiliária”, disse.

O evento alertou que os profissionais e os locais voltados à produção científica estão ameaçados pelo Projeto de Lei Complementar Nº 9/2025 e pela proposta do governo de vender 35 áreas experimentais no interior paulista usadas para pesquisa.

Veja o texto na íntegra: Hora do Povo