O Conselheiro da COP30 e economista José Alexandre Scheinkman participou da programação do evento Pre-COP, realizado nesta semana em Brasília, que buscou antecipar negociações e debates a serem realizados na 30ª Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que acontecerá em novembro no Pará.
Em sua fala, o professor da Universidade de Columbia (EUA) defendeu o montante de 1,3 trilhão de dólares, a ser arrecadado globalmente, para que se ocorra a implementação efetiva de políticas ambientais mundialmente. “U$S 1,3 trilhão é uma meta.”
Para o especialista, a Ciência não está dando boas notícias já que, segundo levantamentos, a quantidade de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera continuam a aumentar. “Em 2024 nós tivemos um aumento desse cenário!”, alertou.
Scheinkman também defendeu que sejam mapeadas e expandidas medidas ambientais de baixo custo. “O fato é que os recursos são escassos. Se nós queremos emissão zero até 2050, se vamos começar com uma meta dessa, temos que iniciar a implementação dos projetos mais baratos possível. A gente quer atingir a meta da maneira mais barata, até para usar o dinheiro de forma mais eficiente.”
Questionado sobre o uso ainda do petróleo pelos países, incluindo políticas recentes de exploração de áreas, o economista condenou uma narrativa presente de que tem que ser usado todo o petróleo até ele se esgotar da atmosfera. “A gente vai queimar muito antes do petróleo acabar no planeta, temos que colocar um imposto sobre o uso dele”, ponderou.
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Rafael Revadam – Jornal da Ciência