Só o tempo dirá o tamanho do estrago imposto a Dilma Rousseff pela sua relação agreste com a verdade. Ela tinha doutorado pela Unicamp e fora presa por “delito de opinião”. Falso.
Temer chegou à cadeira de Dilma com dois episódios esquisitos na caminhada. Em dezembro passado, escreveu uma carta à presidente e seu conteúdo foi para a imprensa em poucas horas. Temer garante que o texto foi distribuído pelo comissariado do Planalto. Em abril, foi ao ar um áudio do vice-presidente oferecendo um governo de “salvação nacional”.
A distribuição dessa plataforma de governo teria acontecido por engano. A verificação do episódio desmente essa versão.
Há poucos dias, saiu do Planalto a informação segundo a qual a professora Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, concordara em retornar ao cargo depois de receber um telefonema do presidente.
Falso. A professora não recebeu telefonema nenhum e só reassumiu o cargo atendendo a um apelo do conselho da SBPC.
Como Helena Nader desmentiu a patranha, o palácio corrigiu-se: Temer queria telefonar, mas desistiu.
Fica combinado assim.
Veja a coluna de Elio Gaspari na íntegra: Folha de S. Paulo/Folha.com