Para hoje, os técnico-administrativos marcaram uma assembleia, que ocorre na Faculdade de Economia, na Piedade
Salvador e cidades do interior registraram ontem protestos contra a PEC 241, que estabelece um limite para os gastos públicos. No início da manhã, servidores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) fecharam os portões do campus de Ondina e foram categóricos ao dizer que, enquanto a proposta estiver em andamento, as atividades estarão suspensas. Para hoje, os técnico-administrativos marcaram uma assembleia, que ocorre na Faculdade de Economia, na Piedade.
No Recôncavo, cerca de 100 estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb) fecharam um trecho da BR-101, em Santo Antônio de Jesus. O ato também teria contado com participação de alunos da Uneb. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o protesto começou pouco depois das 5h, no km 258 da rodovia. Após negociação, uma das vias foi liberada. Para hoje, estudantes prometeram ocupar o Centro de Artes, Humanidades e Letras da universidade, na cidade de Cachoeira. Uma assembleia está marcada para as 9h, na Reitoria.
Já em Feira de Santana, alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) bloquearam a Avenida Transnordestina, que dá acesso ao campus, a partir das 9h. A manifestação teve queima de pneus e de galhos de árvores. Camaçari é outra cidade onde protestos foram verificados na manhã desta segunda-feira. Próximo ao Viaduto dos Trabalhadores, no km 7 no sentido Salvador, estudantes interromperam o trânsito por alguns minutos, mas acabaram liberando o trecho após negociação com a Polícia Militar.
Em meio a rumores de uma nova greve docente na Ufba, o professor da Faculdade de Educação (Faced), Nelson Pretto, disse que, durante seus 40 anos de carreira, nunca viu “barbaridade maior que a proposta – e o pior, aprovada em 1º turno – dessa tal PEC 241”. “Como conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, destaco para você um trecho da carta enviada em 10 de outubro a todos os deputados federais, onde dizemos claramente que ‘reduzir os investimentos públicos em educação, ciência, tecnologia e inovação vai na contramão dos objetivos de se efetivamente tirar o Brasil da crise’. Na avaliação do professor, o assunto vem sendo tratado da maneira negligente, já que as consequências da proposta são parcamente ressaltadas, como o “prazo de validade” de 20 anos. “