Cerca de 300 pessoas participaram neste sábado, 22, da Marcha pela Ciência em São Paulo, no tradicional Largo da Batata — palco histórico de manifestações na capital paulista. A organização não tinha licença para circular pela cidade, por isso o evento foi organizado como uma espécie de feira de ciências, com várias tendas que levavam o nome de cientistas brasileiros e traziam atrações temáticas, como coleções de insetos, culturas de bactérias e réplicas de fósseis. A chuva, o frio e o fato de ser um feriado prolongado ajudaram a manter o público pequeno.
Lideranças científicas revezaram-se ao microfone para discursar sobre a situação difícil da ciência nacional — que teve seu orçamento de 2017 cortado quase que pela metade no mês passado — e a necessidade de convencer a sociedade e os governos da importância da pesquisa científica para o desenvolvimento do país. “Chega de nos classificar como gasto; nós somos investimento”, disse a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Helena Nader. “A nossa economia sobrevive por causa da ciência”, completou ela, citando os exemplos do agronegócio e da exploração de petróleo em águas profundas pela Petrobras.
Veja o texto na íntegra: O Estado de S. Paulo