A crise econômica chegou à ciência, e cortes no orçamento já afetam pesquisa e inovação em institutos e universidades
O laboratório da professora Helena Nader, bióloga e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), fica no oitavo andar de um dos prédios da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para chegar lá, como de costume em prédios desse porte, basta pegar o elevador. Porém há um detalhe: há semanas o elevador não funciona direito. Pergunto a Helena se isso já é uma evidência de que a crise econômica chegou à ciência. “O governo cortou o custeio de todo mundo. No nosso caso, isso significa contratar uma firma que não conserta o elevador. Então, nós subimos oito andares de elevador, mas descemos de escada todos os dias.” O caso poderia ser apenas uma anedota no mundo das universidades, mas não. No atual cenário de crise econômica, é o exemplo perfeito sobre o que pode acontecer com a ciência no Brasil. A queda na arrecadação e os cortes no orçamento já afetam pesquisa e desenvolvimento, e ameaçam provocar um verdadeiro apagão científico no País.
Veja o texto na íntegra: Revista Época