Escolha é baseada em decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que proclamou 2015 como o ano para promover debates sobre o tema
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, anunciou ,em Brasília, a escolha do tema “Luz, ciência e vida” para próxima edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A decisão se baseia na Assembleia Geral das Nações Unidas, que proclamou 2015 como o Ano Internacional da Luz, com objetivo de celebrar a luz como matéria da ciência e do desenvolvimento tecnológico.
A escolhe foi feita em parceria da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis) do MCTI com as associações científicas lideradas pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo o diretor de Popularização e Difusão de Ciência do MCTI, Douglas Falcão, esse alinhamento com o tema eleito pelas Nações Unidas promoverá uma maior estruturação, organização e inserção das instituições brasileiras nas comemorações do ano comemorativo.
Para estimular as ações nessa área do conhecimento em todo o Brasil , a Secis, o Instituto TIM e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) estão organizando um edital de R$ 2,5 milhões. “Temos a certeza de que as instituições brasileiras irão explorar o tema “Luz, ciência e vida” de forma muito criativa e teremos uma das mais ricas edições da SNCT em 2015″, ressalta Falcão, que é coordenador nacional do evento.
Ligação com a vida e a humanidade
O diretor lembra que a luz está ligada de forma visceral à vida na Terra e ao caminho da humanidade. Em termos tecnológicos, avalia, será para o século 21 o que a eletrônica foi para o anterior. O prêmio Nobel de física deste ano, ressalta, foi dividido entre três cientistas que desenvolveram o LED azul, fonte de luz mais eficiente, ecologicamente correta.
Douglas Falcão destaca que foi apenas com o advento da fibra óptica que a jovem internet passou a nos conectar transmitindo grandes quantidades de dados em alta velocidade. “Também é fácil entender a luz como fonte de energia que vem do Sol e que permite a vida na Terra em toda a sua variabilidade. O ciclo de claro e escuro e a sua duração influencia o clima, a agricultura e o comportamento humano”, pontua.
Ele observa que também se pode pensar a luz como inspiradora e ferramenta para a arte ou ainda como porta para o tempo passado do universo, e que, se nas grandes cidades o excesso a iluminação polui o céu, ainda existem muitos lugares no mundo onde a escuridão da noite é quebrada apenas pelas luzes das lamparinas a querosene, que comprometem a saúde de quem elas iluminam. Para a inserção social das pessoas com deficiência visual, a tecnologia assistiva está criando muitas oportunidades de inclusão, acrescenta.
“Não é difícil imaginar muitas outras conexões entre a luz e a humanidade, seja na dimensão tecnológica, social ou ambiental. Por esse motivo, este tema pode desempenhar um papel estratégico na educação. Sua transversalidade não respeita fronteiras disciplinares, culturais, geográficas ou temporais”, conclui.