Com as presenças de dirigentes da CAPES e da SBPC, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) inaugura hoje, às 16 horas, o primeiro Instituto de Medicina Tropical (IMT) do Nordeste e o segundo do Brasil. A construção do IMT-RN custou R$ 2.206.962, 59 com verbas provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/CT-INTRA), do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Doenças Tropicais (INCT-DT), do National Institutes of Health, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para a diretora do Instituto, profa. Selma Jerônimo, trata-se de um local destinado ao ensino e à pesquisa de doenças endêmicas infecciosas e infectocontagiosas, características de clima tropical, cuja incidência no século XXI representa um atraso em saúde no país. Ao ampliar a pesquisa nessa área, o IMT/UFRN irá contribuir para melhorar a capacidade diagnóstica e desenvolver vacinas em âmbito regional, adianta Selma Jerônimo.
Soluções para a leishmaniose, doença de chagas e hanseníase, entre outras presentes entre populações menos favorecidas no Nordeste do Brasil, poderão advir de investigação de causa e produção de medicamentos por meio de parcerias entre a UFRN, instituições de pesquisa norte-americanas, CAPES e Governo do Rio Grande do Norte.
Atualmente, o IMT funciona com equipes constituídas por pesquisadores com formação em Medicina, Biologia, Farmácia, Biomedicina, entre outros profissionais ligados aos Centros de Ciências da Saúde (CCS) e de Biociências (CB). O IMT/UFRN está localizado no anel viário do campus da UFRN, próximo ao Centro de Biociências (CB) e a inauguração contará com as presenças de parceiros, como Lívio Amaral, Vice-presidente da CAPES, Helena Bonciani Nader, Presidente da SBPC e Maria Júlia Manso Alves, pesquisadora representante do Instituto de Química da USP.
Histórico do IMT
Estratégico para a UFRN por articular o ensino, pesquisa e extensão, o IMT-RN resulta da agregação de pesquisadores da UFRN que há 10 anos investigam doenças de clima tropical isolados de outros grupos de pesquisa.
As parcerias com instituições brasileiras e internacionais, entre elas a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Ceará (UFC), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), University of Virginia, University of Iowa, Weill Cornell Medical College, Cambrigde University e Western Austrália consolidaram o Instituto que será referência nessa área no nordeste brasileiro.
A missão do IMT/UFRN, segundo uma das integrantes das equipes de pesquisadores, a vice-reitora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes, é fortalecer os três pilares da Universidade que são ensino, pesquisa e extensão. “A perspectiva é que possamos criar uma pós-graduação na área de doenças infecciosas, nos próximos anos, auxiliando, assim, o fortalecimento de pesquisas médicas no estado e contribuindo para formação de profissionais da área de saúde”, emenda Selma Jerônimo, diretora do novo instituto da UFRN.
O órgão possui um núcleo clínico composto por professores do Departamento de Infectologia da UFRN, braço principal de suas atividades de extensão, um Núcleo de Pesquisa Básica, localizado no Campus central, ao lado do Centro de Biociências (CB), a ser inaugurado na mesma data, e um Núcleo de Pesquisa Aplicada em Doenças Tropicais, anexo ao Hospital Giselda Trigueiro (HGT), cuja construção será iniciada em maio deste ano.