Não é só o dinheiro que está acabando para a ciência brasileira. Uma crise de cérebros também vem sendo cozinhada em fogo baixo há vários anos, e a tampa da panela está prestes a explodir em várias instituições, que veem seus quadros mais experientes serem esvaziados ano a após ano por aposentadorias, sem perspectiva de renovação.
É o caso do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), responsável pela produção de 95% dos radiofármacos usados para diagnóstico e tratamento de doenças no país. Com um rombo de R$ 50 milhões em seu orçamento, o instituto só tem recursos suficientes para funcionar até o final de agosto. Se até lá não entrarem novos recursos do governo federal, a produção de radiofármacos será paralisada, literalmente.
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