O ministro da Educação, José Henrique Paim, participou da 66ª SBPC.Controle e transparência na gestão das universidades serão aperfeiçoados.
O ministro da Educação, José Henrique Paim, falou durante a 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no Acre até o próximo domingo (27), sobre a importância da internacionalização das universidades. Fazendo análise sobre o funcionamento das universidades federais do Brasil, o ministro acredita que elas têm avançado no ponto de vista de acesso e qualidade, mas precisam crescer no âmbito da produção científica.
“Precisamos agora pensar no processo de internacionalização das universidades, o que se vai fazer para que o país avance na produção científica e possa relacionar isso à pesquisa aplicada, ao desenvolvimento tecnológico do país e à inovação. Nós precisamos fazer de uma vez por todas, o casamento entre a universidade e o mundo da produção”, finaliza.
Paim também falou sobre os investimentos na educação contra a corrupção no Brasil. O tema tem feito parte de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que atua principalmente na formação de professores do ensino básico. A ideia, segundo ele, é investir na “educação da consciência”.
“A educação tem um papel muito importante nessa questão da corrupção, é o que chamamos de educação da consciência.Tão importante quanto as habilidades cognitivas na educação básica, são as habilidades socioemocionais, que são elementos, muitas vezes, já trabalhados na família, na escola, mas não de forma orgânica. Nós estamos procurando um meio de inserir essa questão nos projetos pedagógicos de ensino”, afirmou.
Segundo Paim, os principais pontos a serem trabalhados na educação da consciência em crianças, além de aspectos emocionais, como persistência e perseverança, seriam os sistemas de valores éticos. “Nós não vamos conseguir acabar com a corrupção, porque a corrupção existe no mundo inteiro, seja em um país desenvolvido, ou não, mas nós temos que, sem dúvida, melhorar a formação das pessoas”, completa.
Ainda dentro do tema da corrupção, o ministro afirmou que pretende aperfeiçoar o controle e a transparência de processos nas universidades, apesar de verificar importante redução de irregularidades por parte das gestões, como desvios de verbas.
“Tenho assinado o que vai para o Tribunal de Contas da União, referente à análise das contas das universidades, e o que vejo são várias com as contas regulares. Esse é um processo relativamente novo, porque até pouco tempo atrás nós tínhamos vários problemas envolvendo as relações das fundações de apoio com as universidades”, destaca.