Em debate na Fiocruz, Luís Fernandes alerta que restrição a investimentos em saúde, educação, ciência e tecnologia vai rebaixar posição do país no contexto internacional
A relação entre a democracia, investimentos em áreas sociais, a garantia de direitos e um projeto de desenvolvimento esteve no centro do debate Ideias para um Projeto Nacional, da série Futuros do Brasil, realizado na tarde de hoje (26) no Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (CEE/Fiocruz).
O professor Luís Fernandes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e também do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, criticou a extinção do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) pelo governo de Michel Temer, ao fundi-lo com as Comunicações, e o projeto de congelamento de investimentos em áreas estratégicas, como educação, saúde, ciência e tecnologia por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, aprovada ontem em segundo turno na Câmara.
“Cada vez mais atividades estruturadas em torno de ciência, tecnologia e inovação estão relacionadas a agregação de valor à produção econômica, que vai definir a posição que o país vai ocupar. Isso porque desde meados do século 20 o domínio da inovação tomou o lugar da industrialização na configuração da economia mundial e do conceito de desenvolvimento”, disse Fernandes, que já presidiu a agência Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). “Daí a gravidade de esse governo ilegítimo extinguir o MCTI, rebaixando ações estratégicas, como a Agência Espacial e o CNPq, à subordinação de um único diretor. Tanto que ontem a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) divulgou nota de repúdio. Um rebaixamento.”
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