A Presidência confirmou o filósofo e professor titular de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo (USP) Renato Janine Ribeiro para assumir o comando do Ministério da Educação (MEC). A posse do novo ministro está programada para o dia 6 de abril. Renato Janine Ribeiro tem formação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado pela Université Paris 1 Pantheon-Sorbonne, doutorado pela USP e pós-doutorado pela British Library. Tem 18 livros editados, além de inúmeros ensaios e artigos em publicações científicas. Em 2001, recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio.
O novo ministro da Educação foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq (1993-1997), do Conselho da SBPC (1997-1999), secretário da SBPC (1999-2001) e diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2004-2008) Além disso, atuou como membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP e é membro do Conselho Superior de Estudos Avançados da FIESP.
Segundo a reportagem apurou, Renato Janine já vinha cuidando da transição na pasta com auxiliares do MEC. E sua escolha ocorre após uma semana de indefinições. Janine Ribeiro foi um dos primeiros nomes especulados para assumir o MEC quando se revelou a intenção de a presidente de optar por um perfil de um educador, mais técnico, e não por um político para a pasta.
Sucessão
Renato Janine assume a vaga deixada pelo ex-governador do Ceará Cid Gomes (Pros), que pediu demissão do cargo depois de desavenças com o Congresso Nacional. Cid Gomes criticou parlamentares. Ele acusou deputados de serem achacadores. Depois, convocado para ir ao Congresso Nacional, repetiu a declaração e deixou o cargo de ministro.
Logo depois da queda de Cid Gomes, internautas se mobilizaram em uma campanha para que Renato Janine fosse indicado para a pasta.
“A indicação para o titular do MEC corre o risco de ser apenas política. Muito ruim para um País que tanto precisa de educação. Mas Dilma Rousseff já demonstrou que deseja colocar no MEC um educador independente, vamos ajudá-la”, afirma um dos textos publicado no Facebook.
A presidente Dilma Rousseff escolheu como lema de seu segundo mandato “Pátria Educadora” e pretende dar mais visibilidade às ações na área pelos próximos quatro anos. O novo ministro afirmou que até a posse vai evitar declarações sobre assuntos que envolvem o cargo.
Perfil
O novo ministro foi diretor de avaliação da Capes, fundação do Ministério da Educação, entre 2004 e 2008. É doutor em filosofia pela USP e pós-doutor pela British Library. Atualmente, é professor titular da disciplina de Ética e Disciplina da USP. Janine foi membro do Conselho Deliberativo do CNPq, entre 1993 e 1997, do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 1997 a 1999, e secretário da SBPC, de 1999 a 2001.
Atuou ainda como membro do Conselho Deliberativo do Instituto de Estudos Avançados da USP, sendo membro atual do Conselho Superior de Estudos Avançados da Fiesp. É autor de 18 livros, entre eles o “A sociedade contra o social”, ganhador do Prêmio Jabuti 2001.
O professor será o quinto nome a ocupar a pasta de Educação na gestão Dilma. Antes dele, passaram pelo ministério Fernando Haddad (PT), hoje prefeito de São Paulo; Aloysio Mercadante (PT), hoje ministro da Casa Civil, além do senador Antônio Paim (PT) e do ex-governador cearense Cid Gomes (PROS).